Pauta da classe trabalhadora terá prioridade no governo Lula

PACTU

( Roberto Parizotti (Sapão) )
Pauta da classe trabalhadora terá prioridade no governo Lula
Lula recebeu Pauta da Classe Trabalhadora, em encontro com representantes das centrais sindicais, em abril/2022

 

Antes mesmo de tomar posse para o seu terceiro mandato, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva já toma as primeiras medidas no sentido de atender uma das principais demandas classe trabalhadora: o reajuste do salário mínimo acima da inflação em 2023. Nos últimos quatro anos não houve aumento real do salário mínimo, prejudicando milhões de trabalhadores e aposentados. E a proposta orçamentária para o ano que vem, que o atual governo enviou ao Congresso Nacional, também não prevê aumento real. Por isto, Lula prioriza conversas com deputados e senadores no sentido de adequar o projeto para que, antes que seja votado, inclua não apenas um aumento maior do mínimo, mas também alocação de recursos para o pagamento do Auxílio Brasil no valor de R$ 600 a partir de janeiro e mais um extra para as famílias com crianças até seis anos..

Essa é uma sinalização forte de que a pauta da classe trabalhadora voltará a receber atenção especial do governo federal, após cinco anos de destruição de direitos, de empregos com carteira assinada e achatamento de salários, que contribuíram para o aumento da miséria e o retorno da fome no Brasil.

Ao contrário do que ocorreu nos últimos anos, as intenções de Lula vêm ao encontro das prioridades da classe trabalhadora, cuja pauta foi entregue ao presidente eleito durante sua campanha eleitoral. Entre essas prioridades estão: a revisão das reformas trabalhistas e da Previdência, que destruíram inúmeros direitos dos trabalhadores e dos aposentados; igualdade, inclusão e desconcentração da riqueza; combate ao desmonte neoliberal, com a valorização dos servidores e fortalecimento das políticas públicas; defesa da democracia, com permanente mobilização, ativismo e participação popular; defesa do emprego e valorização do trabalho e, por fim, fortalecimento das cadeias produtivas, do cooperativismo e da economia solidária. Ao receber o documento, Lula prometeu incorporar as propostas no seu programa de reconstrução do país. Já dá os primeiros passos nesse sentido.

Bancários participam

A vitória de Lula nas eleições presidenciais não significa apenas que o país tem a chance de se unir novamente, acabando com o ódio, a fome, o desemprego e, sobretudo, iniciar uma nova fase da redemocratização. Significa também transparências nas ações do governo, mais segurança para os servidores públicos e o fim da ciranda privatista que ameaçava importantes patrimônios nacionais.

Durante a campanha de Lula, o movimento sindical bancário entregou a ele as propostas da categoria para melhoria do Sistema Financeiro Nacional. Parte das sugestões foi aprovada no último Congresso da Contraf-CUT e, entre elas, está a defesa e o fortalecimento dos bancos públicos.

Os bancários e bancárias também sofreram muito nos últimos anos, com as piores mazelas do sistema financeiro. Sobretudo os empregados da Caixa Econômica Federal e os funcionários do Banco do Brasil que, além do assédio moral, convivem com frequente ameaça de demissões em função do desmonte dessas empresas, promovido pelo atual governo, que nunca negou a intenção de privatizá-las, assim como o BNDES e a Petrobras.

Com Lula novamente na presidência, a Caixa e o BB poderão retomar o papel de agentes do desenvolvimento econômico e social do país, sem interferência e uso político dessas empresas, como acontece desde 2018. Para a Contraf-CUT, o fortalecimento tanto da Caixa quanto do Banco do Brasil significará sobretudo o retorno das políticas de crédito com juros baixos, para fomentar o desenvolvimento econômico com distribuição de renda e combate às desigualdades.

Fonte: Pactu

Deixar comentário

Matérias relacionadas