Dominante no mundo, nova variante mais contagiosa da Covid chega ao Brasil

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( LEOPOLDO SILVA/ AGÊNCIA SENADO )
Dominante no mundo, nova variante mais contagiosa da Covid chega ao Brasil

A Secretaria de Estado da Saúde de SP destacou que mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território estadual e OMS afirma que não há indicação de que nova cepa XBB.1.5 seja a mais perigosa

A nova variante da Covid-19 e mais contagiosa do que todas as outras, que já preocupava e já era dominante em diversos países do mundo, como Reino Unido e Estados Unidos, chegou ao Brasil. A Rede de Saúde Integrada Dasa identificou o primeiro caso da XBB.1.5, ramificação da variante ômicron do vírus C, em uma paciente de 54 anos de Indaiatuba, interior de São Paulo. Autoridades de saúde acreditam que a nova variante já tenha se espalhado pelo estado.

A coleta da amostra ocorreu em novembro de 2022 e, segundo a assessoria da instituição, a Vigilância Sanitária Estadual de São Paulo foi notificada nesta quinta-feira (5) sobre o caso. Em nota, a instituição afirmou que a coleta foi feita em um dos laboratórios da rede e justificou a demora explicando que entre a coleta e a comunicação é preciso fazer o sequenciamento genético das amostras e isso demanda tempo. 

A cepa XBB.1.5 foi detectada pela primeira vez em Nova Iorque e Connecticut, nos Estados Unidos, no final de outubro, de acordo com o GISAID (organização que oferece acesso aberto a dados genômicos dos vírus influenza e do coronavírus responsáveis ​​pela pandemia de COVID-19), num esforço global para catalogar e rastrear variantes do coronavírus. Pesquisas indicam que os sintomas são semelhantes aos das cepas anteriores e que a maioria das pessoas infectadas apresentam sintomas semelhantes aos do resfriado. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que a XBB.1.5 tem uma "vantagem de crescimento" sobre outras subvariantes vistas até agora. Mas a OMS disse que não há indicação de que ela seja mais grave ou prejudicial do que as variantes anteriores.

O professor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, David Heymann, disse ao G1 que é improvável que a subvariante cause grandes problemas em países com altos níveis de vacinação. Sua preocupação é com países como a China, onde havia baixa aceitação de vacinas e pouca imunidade natural por causa de lockdowns prolongados.

Covid no Brasil está em queda

Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, nas últimas 24 horas o país teve 183 mortes pela covid-19 e o Brasil atingiu nesta quinta-feira (5) a média móvel de 120 e voltou a apresentar queda após 50 dias entre alta e estabilidade no índice. A variação na média móvel de mortes é de -22% em comparação com 14 dias atrás. 

Duas regiões do país acompanham a tendência nacional de queda na média móvel de mortes: Nordeste (-48%) e Sudeste (-29%). Já outras duas regiões registram alta: Centro-Oeste (16%) e Norte (69%). Por outro lado, o Sul tem estabilidade de 5%.

O Acre, o Amazonas, o Distrito Federal, Roraima e Sergipe não registraram mortes. O Maranhão, o Piauí e o Tocantins não atualizaram casos e mortes e Mato Grosso do Sul atualiza casos e mortes apenas às terças. Desde o início da pandemia foram 694.625 mortes causadas pela doença. 

Sobre a vacinação, o país já tem 84,98% da população com a primeira dose e 80,36% dos brasileiros com duas doses ou uma dose da vacina da Janssen. Até o momento, 107.603.990 pessoas já tomaram a terceira dose, e 39.382.676, a quarta.

Em relação às crianças, foram aplicadas 14.997.849 primeiras doses (56,76%) na faixa etária de 3 a 11 anos e 10.417.300 segundas doses (39,42%).

Surto de Covid e falta de transparência na China

Desde dezembro a China enfrenta um novo surto de Covid, após encerrar rígidas restrições para controlar o vírus no país. Segundo a Comissão Nacional de Saúde do país (NHC em inglês), calcula-se que até 248 milhões de pessoas, ou cerca de 18% da população chinesa, tenham sido infectadas pelo coronavírus nos primeiros 20 dias do último mês do ano. 

A população chinesa tem utilizado testes rápidos de antígeno para detectar o vírus e não são obrigados a relatar os resultados positivos. Além disso, o governo parou de publicar o número diário de casos assintomáticos. Nesse contexto, cada vez mais países se preocupam com a falta de informação e de transparência sobre a situação real.

Embora a China tenha lançado suas primeiras vacinas Covid em 2021, as taxas de vacinação entre pessoas com 60 anos ou mais mudaram pouco desde meados deste ano, segundo dados oficiais. Apenas 66,4% das pessoas com mais de 80 anos concluíram o esquema completo de vacinação, disse a agência oficial Xinhua.

 "A China precisa compartilhar informações clínicas sobre pessoas infectadas para ver como a variante se comporta em uma população não imune", afirma o professor Heymann.

Com informações do UOL, G1 e Yahoo

 

Fonte: CUT

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