Fórum pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro começa a ser organizado

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Fórum pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro começa a ser organizado
A sétima edição do evento será em Porto Alegre, em novembro, com representantes de sindicatos do setor

A Secretaria de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) organizou uma reunião do Coletivo Nacional de Combate ao Racismo, nesta quarta (28), com representantes dos sindicatos, para discutir com antecedência a organização do VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro. Os sindicatos do Pactu foram representados por Elias Soares, de Umuarama, e Leonice Cazarin de Mattos Silva, de Campo Mourão.

No encontro, em formato eletrônico, foi definida a realização do Fórum em Porto Alegre, nos dias 10 e 11 de novembro. O Coletivo ressaltou a importância da realização de um novo Censo da Diversidade para se ter um quadro real e atualizado sobre a presença de trabalhadores negros e negras no setor financeiro.

Outro ponto foi a possibilidade de solicitar ao Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) outro levantamento, sobre o número de parlamentares, como também de assessores e assessoras, negros e negras, nos parlamentos das esferas federal, estaduais e municipais.

No Fórum, em novembro, serão debatidas formas de atuação da categoria junto às secretarias de segurança estaduais, com o objetivo de estimular a efetiva implementação da lei 14.532/2023, sancionada pelo presidente Lula, que equipara injúria racial ao crime de racismo e prevê penas mais duras. Outro tema debatido será a perseguição a religiões de matriz africana.

Para o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, “o Fórum é fundamental, já que somos 56% de negros e negras na população brasileira, e o sistema financeiro é racista, discrimina a população negra e tem a cor da pele como dificultador para a ascensão profissional”.

O secretário também lembra que “o salário dos trabalhadores negros e negras é em média 25% menor que o dos não negros e praticamente não há negras ou negros nos quadros de direção bancária, e é preciso acabar com essas diferenças, inclusive com um trabalho junto aos bancos para criar uma política de contratação que mude essa mentalidade”.

Fonte: Contraf-CUT

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