Ditadura nunca mais

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Ditadura nunca mais

“Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério. Quando após tantos anos de lutas e sacrifícios promulgamos o Estatuto do Homem da Liberdade e da Democracia bradamos por imposição de sua honra. Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo” (trecho do discurso do deputado Ulysses Guimarães, durante a proclamação da Constituição de 1988).

O dia exato foi 1.º de abril, mas vamos fingir que foi em 31 de março. Há 59 anos, o Brasil foi jogado naquele que foi o seu período mais obscuro da história: o da ditadura militar, que iniciou em 1964 e só foi terminar em 1985.

Com a desculpa de que o país estava sob uma “ameaça comunista” (o mais perto que o Brasil chegou do comunismo foi durante os amistosos da seleção brasileira contra a União Soviética), os militares e a elite brasileira foram os responsáveis por levar o Brasil a uma escala de horror, repressão e caos que encontram ecos até os dias de hoje.

O seu parente reacionário até pode falar desta época com ares saudosistas, afirmando que “tudo era melhor”. Contudo, o discurso cai logo por terra quando uma simples pesquisa nos revela qual foi o legado que os militares deixaram. Ao longo destes 21 anos, vimos os nossos direitos serem cerceados; o aumento da desigualdade social; arrochos salariais; hiperinflação; desemprego; corrupção desenfreada; fim da liberdade de expressão (essa aqui vai deixar as viúvas da ditadura confusas) e as constantes violações dos direitos humanos.

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR), Deonísio Schmidt, defende que a democracia seja sempre soberana e que as trevas deste passado não podem assombrar o nosso futuro. “Não podemos aceitar que ainda haja defesa da ditadura. Não se exalta um período marcado por torturas, ataques aos sindicatos, censura prévia, corrupção, entre outros males. Os anos da ditadura são uma vergonha e assim devem ser tratados. Viva a democracia”, exalta.

Texto: Flávio Augusto Laginski

 

Fonte: Fetec-CUT/PR

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