Defesa da Copel como empresa dos paranaenses é destaque em audiência pública
PACTU
Com o plenário da Assembleia Legislativa do Paraná lotado foi realizada, nesta segunda-feira (17), a Audiência Pública "A Copel é Nossa! Não à privatização". O debate central foi o projeto de privatização da empresa pelo governador Ratinho Jr e os impactos para a economia do Estado.
“Nós precisamos levar essa discussão para todos os rincões. Precisamos despertar o mesmo sentimento que existiu no início dos anos 2.000 da campanha contra a privatização da Copel. Havia o entendimento e disposição de luta para tentar barrar a privatização naquele momento. Conseguimos, mesmo que indiretamente, conseguimos. Precisamos convocar assembleias regionais, audiências nas câmaras de vereadores e fazer essa discussão. Há uma grande diferença entre a qualidade do serviço entre a Copel e outras empresas privatizadas em outros estados. Querem colocar na mão de poucos o patrimônio que é do povo paranaense”, enfatizou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.
No encontro estavam presentes parlamentares, representantes dos movimentos sociais, sindicatos e especialistas. “Essa audiência é para ouvir a sociedade paranaense, coisa que o Governo do Estado não fez quando enviou o projeto para cá e também arguir a Copel sobre algumas irregularidades que chegam até nós, então a gente pretende discutir isso e buscar preservar a empresa mais robusta que o nosso estado tem hoje”, destacou o deputado estadual Arilson Chiorato, proponente da audiência.
O ex-governador Roberto Requião também participou da audiência e fez duras críticas à privatização da Copel. “O mundo sabe que a energia elétrica é o principal insumo do desenvolvimento, por isso manter a Copel é decisão estratégica”, garantiu.
Para o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), Leandro Grassmann, é preciso destacar que a empresa consegue manter tarifas baixas sendo lucrativa. “A Copel hoje é a empresa que tem a menor tarifa entre todas as empresas concessionárias de energia. Uma empresa só faz investimento onde tem retorno, chamado de investimento prudente que são os investimentos reconhecidos pela ANEEL, portanto são transferidos para a tarifa”, analisou.
No vídeo abaixo acompanhe a íntegra da audiência:
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