UNI Américas renova assinatura do Acordo Marco com Banco do Brasil

UNI Américas renova assinatura do Acordo Marco com Banco do Brasil
A UNI Américas assinou nesta quarta-feira 19, em Brasília, a renovação do Acordo Marco com o Banco do Brasil, que garante aos funcionários do BB no continente americano os mesmos direitos daqui do Brasil. O acordo foi assinado pela primeira vez em 2011, com participação da Contraf-CUT.

"Esse foi um acordo realmente histórico e sua renovação é importante porque sinaliza a possibilidade de buscarmos negociações semelhantes com outros bancos. Como dirigente sindical e como cidadão brasileiro, sinto orgulho de ter participado da sua negociação. Ele vai garantir a organização sindical, o direito de negociação e de sindicalização, melhorando a vida dos trabalhadores do Banco do Brasil em todos os países das três Américas onde o BB atua", comemorou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI América Finanças.

André Rodrigues, diretor da UNI América Finanças, diz que a entidade "valoriza bastante o diálogo social e os acordos globais que possibilitem o aumento da equidade e a redução da desigualdade nos diversos países em relação aos direitos dos trabalhadores".

"A renovação deste Acordo Marco é importante sobretudo para países onde os trabalhadores têm um déficit de direitos e de respeito à atividade sindical", acrescenta André.

Na reunião de renovação da assinatura do acordo, o secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, William Mendes, denunciou que o Sindicato dos Bancários do Paraguai não está conseguindo negociar um acordo com o BB no país vizinho. O vice-presidente de Gestão de Pessoas, Robson Rocha, disse que tomará providências para resolver o problema.

O que é o Acordo Marco

O Acordo Marco é um importante instrumento para garantir direitos dos trabalhadores em nível internacional, sejam eles do próprio Banco do Brasil ou de bancos sob controle do BB. O instrumento prevê que o banco deve respeitar os direitos dos bancários em seus países, tanto de legislação e de acordos e convênios coletivos da categoria, bem como princípios e direitos fundamentais do trabalho como, por exemplo:

- liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva;

- eliminação de todas as formas de trabalho forçado e obrigatório;

- abolição efetiva do trabalho infantil;

- eliminação da discriminação em matéria de emprego e ocupação.

O acordo prevê ainda que o banco deve cumprir e respeitar os Dez Princípios Universais previstos no Pacto Global, assim como adotar medidas necessárias para combater e prevenir problemas de saúde derivados da atividade laboral, visando à saúde e segurança de seus trabalhadores.

"Esse acordo conquistado em 2011 e renovado agora é um instrumento importante para as entidades sindicais em cada país atuarem na proteção e organização dos bancários. Vamos seguir na luta para proteger e ampliar direitos dos trabalhadores do ramo financeiro em nível internacional porque os bancos hoje têm atuação global e a nossa luta é de classe", afirma William Mendes.
Fonte: Contraf/CUT

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