Com BC na mira, Senado vai sabatinar dois indicados para integrar a direção do banco

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( YouTube CNN/Divulgação Abracam )
Com BC na mira, Senado vai sabatinar dois indicados para integrar a direção do banco
Galípolo e Aquino: mudanças à vista no Banco Central
Comissão de Assuntos Econômicos receberá nomes indicados por Lula, um deles assessor de confiança do ministro da Fazenda

Em meio ao tiroteio deflagrado por causa da atual política monetária de juros altos, o Senado vai sabatinar na próxima terça-feira (4) dois indicados pelo governo para integrar a diretoria do Banco Central (BC). As sabatinas serão realizadas pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o economista Gabriel Muricca Galípolo e o advogado Ailton de Aquino Santos. Eles deverão substituir, respectivamente, Bruno Serra Fernandes (diretor de Política Monetária) e Paulo Sérgio Neves de Souza (diretor de Fiscalização).

De confiança de Haddad

Exonerado no último dia 20, Galípolo era secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Já tinha trabalhado como assessor de Fernando Haddad na prefeitura de São Paulo. Passou também pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesp) e pelo Banco Fator. O relator da indicação é o senador Otto Alencar (PSD-BA).

O ex número 2 de Haddad é visto como sinal do início de mudança na composição do BC. A curto prazo, pode representar abertura de divergência nas posições do Comitê de Política Monetária (Copom), geralmente unânimes. Representantes do governo, a começar do próprio Lula, fazem críticas constantes ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, pela manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano.

Sem mexer nos juros

Já Aquino Santos é servidor de carreira do próprio BC desde 1998. Ali, já chegou a ocupar a função de auditor-chefe. Sua indicação é relatada pelo senador Irajá (PSD-TO). Será o primeiro negro na direção do banco.

O Copom já se reuniu quatro vezes sob o atual governo. Apesar das pressões e dos protestos, continuou mantendo a taxa Selic em 13,75%. A próxima reunião está marcada para 1º e 2 de agosto. A expectativa é de início de uma inflexão a partir do segundo semestre.

Com informações da Agência Senado

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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