Nota Pública Contra a Privatização da Copel

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Nota Pública Contra a Privatização da Copel
Governador Ratinho Junior mente sobre venda da Companhia. Senge-PR (Sindicato dos Engenheiros) solicita direito de resposta à rádio CBN após governador espalhar inverdades sobre privatização e alegar apoio de mais de 60% dos funcionários da empresa

O Sindicato dos Engenheiros do Paraná manifesta sua firme oposição à privatização das empresas públicas, em especial à venda da Companhia Paranaense de Energia (Copel), conforme defendido pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior, mais uma vez, agora em entrevista à rádio CBN (95,1 FM) . Acreditamos que tal medida é contraproducente e prejudicial para a população e para o desenvolvimento do estado.

O governador alega que a privatização da Copel permitirá que a empresa se livre de influências políticas e apadrinhamentos. No entanto, isso revela uma incoerência evidente quando observamos a forma como a privatização está sendo conduzida, baseada em interesses escusos de acionistas e investidores do setor privado. A história tem mostrado que a privatização de empresas públicas resulta em benefícios apenas para esses grupos restritos, em detrimento do bem-estar da população e dos trabalhadores.

Ratinho Júnior também defende que a Copel, ao se tornar uma empresa privada, terá a “agilidade” das empresas privadas e se tornará uma das três maiores companhias de energia do país. No entanto, a experiência com processos anteriores de privatização mostra claramente que a qualidade e a eficiência dos serviços públicos tendem a se deteriorar após a privatização. Um exemplo disso é o serviço de internet da Copel, que, após a privatização, passou a ser oferecido pela “ligga” e apresentou péssima qualidade, com oscilações e quedas de sinal que antes não ocorriam.

Entre as principais inverdades apresentadas pelo governador está a afirmação de que a venda da empresa foi aprovada em assembleia e que os funcionários da Copel foram consultados e que mais de 60% votaram favoravelmente à privatização. É importante esclarecer que os empregados NÃO foram consultados em nenhum momento sobre essa transformação. Esse processo ocorre de maneira autoritária, irresponsável e irregular.

É importante destacar que a Copel, como uma empresa pública, já desempenha uma agilidade notável e um serviço de qualidade com valor justo, sendo uma das primeiras a oferecer uma das tarifas mais baixas do mercado, com um consumo acima de 400 mil unidades consumidoras. Diante disso, o Sindicato dos Engenheiros do Paraná reafirma seu compromisso com a defesa das empresas públicas e da soberania nacional. Seguiremos na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e do interesse público, contrários a essa privatização que prejudica a população e coloca em risco a qualidade e a acessibilidade dos serviços essenciais. É fundamental preservar e fortalecer as empresas públicas, garantindo que elas estejam a serviço do povo e do desenvolvimento do país.
Por este motivo, em nome do interesse público e em respeito aos princípios jornalísticos que garantem o direito ao contraditório, o Sindicato dos Engenheiros do Paraná solicita direito de resposta à rádio CBN a fim de expor o contraponto dos fatos.

Nós, profissionais da engenharia no Paraná, permaneceremos firmes na defesa dos princípios da dignidade, da transparência e da responsabilidade, lutando por um futuro melhor para todos os paranaenses.

Atenciosamente,

Sindicato dos Engenheiros do Paraná

Fonte: Senge-PR

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