Lucro da Caixa cresce 41% no segundo trimestre e soma R$ 4,5 bi na primeira metade do ano
PACTU
A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 40,9% sobre igual período do ano passado. De janeiro a junho, o valor chega a R$ 4,5 bilhões, 3,2% a mais do que em 2022.
Segundo o banco, a melhora da margem financeira se deve principalmente às receitas com operações de crédito. Essa carteira, a maior do país, soma R$ 1,062 trilhão, alta de 14,4%.
Crédito imobiliário
As contratações de crédito imobiliário – setor em que a Caixa tem participação de 67,5% – atingiram R$ 85,4 bilhões no semestre, com alta de 14% em relação ao ano passado. E as de crédito imobiliário FGTS somaram R$ 44,4 bilhões, crescimento de 51,8%. Ainda de acordo com a Caixa, o crédito do banco beneficiou 1,3 milhão de pessoas com a casa própria no semestre, ajudando a criar 581,1 mil empregos.
Foram pagos R$ 190,8 bilhões em benefícios, em 215,2 milhões de parcelas – programas sociais, benefícios ao trabalhador e INSS. O pagamento do Bolsa Família somou R$ 78,2 bilhões, para 22,5 milhões de famílias. Por sua vez, o Programa Desenrola Brasil alcançou mais de R$ 1,5 bilhão em negociações, com mais de 70 mil pessoas beneficiadas e 89 mil contratos regularizados.
Contratações e inadimplência
A Caixa informou ainda que iniciou o processo de contratação de 800 empregados, “com alocação em agências nas cinco regiões do país, reforçando o comprometimento da gestão com a humanização nas relações de trabalho e melhores condições para atendimento qualificado aos clientes”.
Já a inadimplência da carteira de crédito total fechou o semestre em 2,79%, aumento de 0,9 ponto percentual em 12 meses. Seria de 2,46% “desconsiderando o impacto de caso específico”, diz o banco em comunicado, em possível referencia à Lojas Americanas.
BNDES aumenta desembolso
Por sua vez, o BNDES teve lucro líquido de R$ 9,5 bilhões no primeiro semestre. Já o lucro líquido recorrente foi de R$ 3,7 bilhões, abaixo de igual período de 2022 (R$ 6,7 bilhões). Segundo o banco, a queda “é explicada basicamente pelas liquidações antecipadas de dívidas junto ao Tesouro Nacional ao longo de 2022, no valor total de R$ 72 bilhões”.
Ao mesmo tempo, os desembolsos cresceram 21,6%, somando R$ 40,6 bilhões no primeiro semestre. “O acréscimo ocorreu em todos os setores econômicos, com crescimento nominal de 11% (indústria), 17% (infraestrutura), 21% (comércio e serviços) e 54% (agropecuária).”
As aprovações de novas operações para empresas de menor porte cresceram 53%, atingindo R$ 18,9 bilhões. Com R$ 24 bilhões em novos financiamentos a micro, pequenas e médias empresas de outros agentes financeiros garantidos pelo BNDES FGI (fundos garantidos), “o volume de apoio às empresas menores chega a aproximadamente R$ 43 bilhões, contribuindo para a pulverização do acesso ao crédito”.
Por sua vez as consultas cresceram 151% e chegaram a R$ 126,8 bilhões. “Embora nem todas as consultas se traduzam obrigatoriamente em aprovações e desembolsos, tais volumes indicam boas perspectivas para futuros apoios do BNDES”, diz o banco em comunicado.
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