Contraf-CUT repudia corte de 3,2 mil empregos em um ano no Santander

Contraf-CUT repudia corte de 3,2 mil empregos em um ano no Santander
Em negociação realizada nesta sexta-feira (2) com o Santander, em São Paulo, a Contraf-CUT, federações e sindicatos repudiaram as milhares de demissões e o corte de 3.216 empregos nos últimos 12 meses, sendo 2.290 no primeiro semestre deste ano, conforme balanço divulgado na última terça-feira (30). Os dirigentes sindicais também cobraram respostas das várias pendências da última reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT).

Rotatividade e redução de empregos

O corte de vagas não se justifica. O banco obteve lucro de R$ 2,929 bilhões no primeiro semestre. "O fechamento de postos de trabalho está também na contramão da economia brasileira, que vem criando empregos todos os meses", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. "Onde está a contrapartida social do banco espanhol para a geração de empregos e o desenvolvimento do país?", questiona o dirigente sindical. 

"Esse modelo de gestão, baseado na redução de custos, através da rotatividade e do corte de empregos, piorou ainda mais as condições de trabalho, sobrecarregando e adoecendo muitos colegas e prejudicando o atendimento aos clientes", alerta o dirigente sindical.

Não é à toa que o banco liderou pelo quinto mês consecutivo, em junho, o ranking de reclamações do Banco Central. "O banco tem que parar de demitir. Já está cortando no osso", compara Ademir.

Reestruturação

O banco trouxe alguns dados sobre a reestruturação que está em andamento, informando a nova organização da vice-presidência executiva de varejo, que envolve o alto escalão. Duas diretorias de rede foram extintas em São Paulo, assim como as de Santa Catarina e Paraná, com a redistribuição das agências. Houve também fechamento de regionais.

Além disso, conforme o balanço do primeiro semestre, o Santander extinguiu 12 agências e 19 PABs. Os representantes do banco disseram que 20 agências foram fusionadas no período, apontando que a reestruturação ainda não acabou.

Os dirigentes sindicais cobraram a manutenção dos coordenadores nas agências. Muitos foram demitidos e hoje as funções são assumidas pelos caixas, inclusive a guarda das chaves em várias unidades, o que é ilegal e expõe os colegas ao risco de sequestros.

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Fonte: Contraf/CUT

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