Categoria bancária realiza protesto em frente às agências bancárias
PACTU
Diversas agências amanheceram fechadas nesta segunda-feira em todo o Paraná e no Brasil. A ação dos bancários e bancárias conta com o apoio da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR) e de seus 10 sindicatos filiados (Curitiba, Apucarana, Arapoti, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama). As atividades nos bancos retornam ao meio-dia.
A ação acontece por conta do desrespeito dos banqueiros durante as mesas de negociação salarial. Mesmo diante de lucros exorbitantes, os bancos insistem em retirar os direitos dos bancários e financiários e ainda tiveram a coragem de oferecer um reajuste que sequer cobre a inflação do período.
O presidente da Fetec, Deonisio Schmidt, explica que a categoria não vai ficar calada diante da intransigência dos banqueiros em não oferecer uma proposta digna para os trabalhadores. “Se eles querem insistir em não oferecer uma proposta que nos contemple, então seguiremos fazendo mobilizações. Se for preciso, vamos dar um passo adiante. Não podemos aceitar que um segmento que obteve quase R$ 150 bilhões de lucro, às custas dos bancários e bancárias, nos ofereça migalhas. Estamos prontos para lutar”, salienta.
Reivindicações da categoria por tema
Cláusulas econômicas
– Aumento salarial acima da inflação (reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%).
– Valorização da PLR e tickets.
Cláusulas sociais
– Igualdade de oportunidades e igualdade salarial, entre gênero e raça.
– Mais mulheres no setor de Tecnologia da Informação (TI) dos bancos.
– Olhar especial para bancárias e bancários transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo com menor expectativa de vida no país, por conta da violência e preconceito que também dificultam o acesso e permanência no mercado de trabalho.
– Combate ao assédio moral e sexual.
Saúde
– Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes, para que tenham garantia de ambiente de trabalho adaptado e condições de ascensão profissional.
– Direito à desconexão.
– Combate à gestão por metas abusivas e que impacta na saúde e nas condições de trabalho.
E ainda
– Garantia de emprego e dos direitos conquistados.
– Fim das terceirizações.
– Jornada de quatro dias.
– Ampliação do teletrabalho.
– Retorno da homologação nos sindicatos, para que as entidades possam acompanhar de perto todo o processo, e garantir direitos dos desligados.
– Qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica.
– Indenização adicional em caso de demissão.
– Garantias para mães e pais de PCDs, quando necessitarem acompanhar filhos nos atendimentos médicos e educacionais.
– Segurança nos ambientes físicos e digitais do sistema financeiro.
Veja as fotos da ação por todo o Estado
Texto: Flávio Augusto Laginski e Contraf-CUT
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