Bancários suspendem atendimento nesta quinta; todas as agências fechadas até o meio-dia

O Sindicato dos Bancários de Umuarama e Assis Chateaubriand realiza, nesta quinta-feira (29), uma paralisação que afeta todas as agências bancárias de Umuarama. Após a interrupção das atividades do Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander na manhã de quarta-feira (28), agora as duas agências da Caixa Econômica Federal também estão com atendimento suspenso. A previsão é de que a paralisação dure até as 12h.

A medida ocorre em meio a impasses nas negociações salariais com a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). De acordo com o sindicato, a Fenaban tem se mostrado inflexível durante as negociações, recusando-se a atender às demandas por reajustes reivindicados pelos bancários.

Na quarta-feira, a entidade sindical apresentou duas propostas de reajuste. A primeira sugeria a divisão dos bancários em cinco faixas, todas sem aumento real. A segunda reduzia o número de faixas para quatro, mas também sem ganhos reais. Ambas as propostas foram rejeitadas pelo comando de greve.

Em entrevista ao OBemdito, o secretário-geral do sindicato, Edilson José Gabriel, alertou que, caso um acordo não seja alcançado até a próxima semana, os bancários poderão entrar em greve por tempo indeterminado. “Se até o dia da assembleia não houver uma proposta melhor, a orientação será pela greve a partir da semana que vem”, afirmou Gabriel.

Esta é a terceira paralisação nas agências bancárias de Umuarama nesta semana. Na segunda-feira (26), o atendimento foi suspenso até às 12h no Banco Itaú e nas agências do Bradesco. Na quarta-feira, apenas as duas agências da Caixa Econômica permaneceram abertas na parte da manhã. As mobilizações começaram em maio, quando tiveram início as discussões sobre reajuste salarial e outras pautas da categoria, como saúde e segurança no trabalho.

Reivindicações

Entre as principais reivindicações dos bancários estão a participação nos lucros, com o pagamento de três salários-base e verbas fixas de natureza salarial reajustadas em setembro de 2024. Eles também exigem uma parcela adicional fixa de R$ 15.400,07, corrigida pelo INPC-IBGE e com um aumento real de 5%. A categoria pede ainda o aumento do auxílio-alimentação, de R$ 835,99 para R$ 1.412, e do auxílio-refeição, de R$ 1.060,84 para R$ 1.412.