Sob o lema “solidariedade e ação coletiva”, trabalhadores participam da 6ª Conferência da UNI Américas

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Sob o lema “solidariedade e ação coletiva”, trabalhadores participam da 6ª Conferência da UNI Américas
Cerca de 600 delegados e observadores de 140 organizações sindicais de 28 países do continente participam do encontro para troca de experiências e definição de estratégias de luta

Um mundo em transformação tecnológica, com uma velocidade nunca enfrentada pela humanidade em sua história. Enquanto isso, o fortalecimento da direita radical em todos os países e que ameaça a democracia e conquistas sociais. Esse é o cenário que a classe trabalhadora enfrenta hoje e que levou a 6ª Conferência da UNI Américas, iniciada na quinta-feira (5), no município de La Falda, em Córdoba, na Argentina, a escolher para o evento o mote "Solidariedade em ação, esperança coletiva".

A abertura, contou com a participação de autoridades políticas e sindicais, entre elas o presidente da UNI Américas, o argentino Héctor Daer, o secretário-geral da entidade, o brasileiro Márcio Monzane – ex-diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo –, o presidente da UNI Global Union, o australiano Gerard Dwyer, e a secretária-geral da UNI Global Union, a alemã Christy Hoffman, que em sua fala fez uma saudação ao presidente Lula.

"A solidariedade é a marca do movimento sindical e a esperança é o que nos move. Por isso esse tema foi tão acertado para o momento em que estamos vivendo", avalia Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e recém-eleita presidenta da UNI Finanças Américas.

Cerca de 600 delegados e observadores de 140 organizações sindicais de 28 países das américas do Sul, Central e do Norte participam da 6ª Conferência da UNI Américas, braço continental da UNI Global Union, sindicato mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores.

A secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, explica que, até sábado (7), quando terminará a conferência, os participantes terão extensas agendas de debates, para troca de experiências e avaliações sobre os desafios atuais. Os dirigentes também discutirão estratégias e planos de luta.

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Juvandia Moreira (presidenta da Contraf-CUT e da UNI Finanças Américas) e Neiva Ribeiro, (presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região)

"Essa dinâmica é fundamental, porque fortalece nosso entendimento do cenário mundial e nossas ações", explica. "Um ponto que é claro para o movimento sindical trabalhista é que, sem democracia, os direitos dos trabalhadores e dos sindicatos são ameaçados. E quem têm defendido e até financiado posicionamentos políticos antidemocrático, de extrema direita? Nomes de grandes conglomerados mundiais e que também estão por traz da maneira como as novas tecnologias estão sendo implementadas, de forma a reduzir postos, sobrecarregar os que ficam nos postos, enquanto, pelo uso político, reduzem direitos trabalhistas”, destaca.

Juvandia Moreira completa: “Esse é o cenário que estamos enfrentando, com temas interrelacionados e que, se não soubermos compreender, não saberemos também tomar as melhores ações coletivas para enfrentar e mudar”, pontua.

Outro tema em destaque na conferência é a questão ambiental. Na abertura, o presidente da UNI Américas, Héctor Daer, declarou: "Não podemos nos resignar como dirigentes sindicais. Não podemos renunciar à esperança de transformar nossos países e nossa região na direção de um mundo sustentável."

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Héctor Daer, presidente da UNI Américas

Conferências anteriores e novos comitês

Desde o início da semana os trabalhadores e trabalhadoras do continente estão reunidos em Córdoba. Nos dias 2 e 3 de dezembro, aconteceu a 6ª Conferência Regional UNI Américas Finanças. No dia 4, foram realizadas, concomitantemente, a 7ª Conferência Regional da UNI Américas Mulheres e a 6ª Conferência Regional da UNI Américas Juventude. A partir de ontem (5) até sábado, seguirá a 6ª Conferência Regional da UNI Américas.

Além dos debates políticos, de planejamento e aprovação de moções, os dirigentes também estão aprovando os novos comitês das entidades, para os próximos quatro anos.

Fonte: Contraf-CUT

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