Sindicatos do Pactu participam da mobilização contra a privatização das escolas públicas do Paraná
PACTU
Nos dias 06, 07 e 09/12, a Secretaria Estadual de Educação do Paraná realizou votação em 177 colégios e escolas estaduais, para decidir pela implantação ou não do programa “Parceiros da Escola”. O nome do programa é um eufemismo criado pelo governador Ratinho Junior que não foi capaz de ocultar sua verdadeira natureza: a privatização da educação do estado.
O programa foi aprovado pela Assembleia Legislativa no mês de junho de 2024. Posteriormente, ao regulamentar o programa e definir as regras para sua implantação, foi determina uma consulta a comunidade escolar das unidades escolhidas, porém com uma condicionante polêmica, alvo inclusive de disputa judicial. Onde não houvesse quórum, os votos não seriam contados e a “decisão” ficaria a cargo do governo do estado. Essa regra explica muito bem porque é que praticamente não houve divulgação nem da realização da votação e muito menos dos seus objetivos e consequências.
Diante deste cenário, a APP-Sindicato, representante das trabalhadoras e trabalhadores da educação pública do estado do Paraná, com apoio da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR), se mobilizou para conscientizar a população acerca dos prejuízos da privatização e para levar alunos e responsáveis para a votação. O resultado demonstrou a rejeição do programa. Das 177 escolas consultadas, apenas 93 deram quórum, ou seja, 52,54%. Das 93 que tiveram apuração, 82 disseram NÃO ao programa, representando 88,17% do total, e apenas 11 disseram SIM.
Convocados pela CUT-PR, os sindicatos do Pactu participaram da mobilização, apoiando as ações da APP-Sindicato. Edilson José Gabriel, diretor de Política Sindical do Sindicato dos Bancários de Umuarama, Assis Chateaubriand e Região e membro da Direção Estadual da CUT-PR, afirmou que “a luta contra a privatização das escolas não é uma luta somente das trabalhadoras e trabalhadoras da educação, é uma luta de toda a sociedade, que será prejudicada pelo desvio de recursos públicos e pela queda na qualidade da educação. Por isso, os Sindicatos dos Bancários se juntaram a APP para evitar a venda de nossas escolas”, concluiu o dirigente.
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