Contraf-CUT discute impacto da crise global sobre bancários no Chile
A Contraf-CUT participa nesta semana em Santiago, no Chile, da oficina tripartite sobre o impacto da crise econômica e financeira global sobre os trabalhadores do setor financeiro nos países do Cone Sul. Iniciado na segunda-feira (7), o encontro termina nesta quarta-feira (9).
O evento é promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), reunindo representantes de trabalhadores, bancos e governos de cinco países da América Latina, com o objetivo de fazer uma revisão dos efeitos da crise global para os trabalhadores do setor financeiro.
Para a OIT, a oficina é uma oportunidade para que os participantes compartilhem experiências, medidas que apontem para estabilizar os sistemas financeiros dos países e para indicar possibilidades de ações para reforçar o diálogo social, o desenvolvimento e a implementação de medidas.
Participam representantes dos trabalhadores do Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. O secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, representa os bancários brasileiros. Também está presente o diretor regional da UNI Américas Finanças, André Luiz Rodrigues.
Fenaban ausente
Apesar de tripartite, a Fenaban não está participando. O coordenador de relações do trabalho, Mauro Rodrigues de Souza, representa o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Na mesa de abertura, o representante da OIT, Jonny Sendayone, apresentou o programa e os princípios fundantes da ação da entidade, frisando emprego, seguro social, direitos do trabalho e diálogo social.
Cortes e precarização do emprego no Brasil
"Pelo Brasil, aproveitamos para apresentar algumas contribuições ao texto elaborado pelo Mário Vazques, consultor da OIT. Apresentamos a discussão central que o Sistema Financeiro Nacional deve estar voltado para atender as necessidades da economia real. Denunciamos que os processos especulativos põem em risco a saúde financeira dos bancos", explica Miguel.
O dirigente da Contraf-CUT apresentou também dados do emprego e desempenho dos bancos no Brasil, destacando os altos lucros obtidos, mas que, mesmo assim, os privados continuam demitindo. "O grave problema da rotatividade vem se transformando em eliminação de postos de trabalho. Houve corte de 422 empregos por mês entre o período de janeiro a agosto de 2013", apontou Miguel.
Outro assunto focado pelo diretor da Contraf-CUT foi a terceirização, que traz a precarização do emprego. "Este é um tema que preocupa todos os trabalhadores do Brasil e dos demais países do Cone Sul. Curiosamente em todos os lugares estão sendo autorizados pelos respectivos bancos centrais a inclusão da figura dos correspondentes bancários", denunciou.
Segundo Miguel, a terceirização é uma estratégia dos bancos que tem sido usada para reduzir os custos de pessoal e que acaba sendo efetivada sem qualquer compromisso de responsabilidade social com os trabalhadores e a sociedade.
"Defendemos ainda a venda responsável de produtos financeiros e a necessidade de os bancos implantarem de fato a igualdade de oportunidades", concluiu Miguel.
Fonte: Contraf-CUT
O evento é promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), reunindo representantes de trabalhadores, bancos e governos de cinco países da América Latina, com o objetivo de fazer uma revisão dos efeitos da crise global para os trabalhadores do setor financeiro.
Para a OIT, a oficina é uma oportunidade para que os participantes compartilhem experiências, medidas que apontem para estabilizar os sistemas financeiros dos países e para indicar possibilidades de ações para reforçar o diálogo social, o desenvolvimento e a implementação de medidas.
Participam representantes dos trabalhadores do Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. O secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, representa os bancários brasileiros. Também está presente o diretor regional da UNI Américas Finanças, André Luiz Rodrigues.
Fenaban ausente
Apesar de tripartite, a Fenaban não está participando. O coordenador de relações do trabalho, Mauro Rodrigues de Souza, representa o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Na mesa de abertura, o representante da OIT, Jonny Sendayone, apresentou o programa e os princípios fundantes da ação da entidade, frisando emprego, seguro social, direitos do trabalho e diálogo social.
Cortes e precarização do emprego no Brasil
"Pelo Brasil, aproveitamos para apresentar algumas contribuições ao texto elaborado pelo Mário Vazques, consultor da OIT. Apresentamos a discussão central que o Sistema Financeiro Nacional deve estar voltado para atender as necessidades da economia real. Denunciamos que os processos especulativos põem em risco a saúde financeira dos bancos", explica Miguel.
O dirigente da Contraf-CUT apresentou também dados do emprego e desempenho dos bancos no Brasil, destacando os altos lucros obtidos, mas que, mesmo assim, os privados continuam demitindo. "O grave problema da rotatividade vem se transformando em eliminação de postos de trabalho. Houve corte de 422 empregos por mês entre o período de janeiro a agosto de 2013", apontou Miguel.
Outro assunto focado pelo diretor da Contraf-CUT foi a terceirização, que traz a precarização do emprego. "Este é um tema que preocupa todos os trabalhadores do Brasil e dos demais países do Cone Sul. Curiosamente em todos os lugares estão sendo autorizados pelos respectivos bancos centrais a inclusão da figura dos correspondentes bancários", denunciou.
Segundo Miguel, a terceirização é uma estratégia dos bancos que tem sido usada para reduzir os custos de pessoal e que acaba sendo efetivada sem qualquer compromisso de responsabilidade social com os trabalhadores e a sociedade.
"Defendemos ainda a venda responsável de produtos financeiros e a necessidade de os bancos implantarem de fato a igualdade de oportunidades", concluiu Miguel.
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