Ganho real de hoje contrasta com demissão e arrocho do final dos anos 90
Uma informação que vale mais do que mil palavras. Entre 1995 e 2003, os bancários viram seus salários ficarem 8,6% menores em relação à inflação. Nos duros anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a situação para os trabalhadores dos bancos públicos era ainda pior: a perda real no período foi de 36,3% no Banco do Brasil e de 40% na Caixa Federal (veja tabelas abaixo).
"Quem não era bancário naquela época, talvez nem se lembre de como era difícil. O governo do PSDB não respeitava os representantes dos trabalhadores, não negociava. E ainda havia o desemprego, altíssimo, a desmobilizar a luta da categoria", recorda a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, que no final da década de 1990 era funcionária do departamento de câmbio do Bradesco, na Nova Central.
De lá para cá, muita coisa mudou. Com a eleição de um presidente da República oriundo da classe trabalhadora, a relação foi totalmente alterada. Além do respeito ao movimento sindical, que negocia pela categoria, o aumento do nível de emprego virou a história. O número de bancários, por exemplo, que havia caído 30,3% no Brasil entre 1994 e 2002, subiu 28% de 2003 a 2013.
"Os bancários voltaram a se organizar em torno do Sindicato e isso aconteceu com todas as categorias profissionais. Os movimentos de massa foram retomados e o resultado foi bom para toda a sociedade: mais salários, renda e empregos para todos", destaca a dirigente.
Assim, entre 2004 e 2014, os empregados dos bancos privados acumularam ganhos reais, acima da inflação, de 20,7%. Nos públicos, esses aumentos reais somaram 21,3%.
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Fonte: Seeb São Paulo
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