Direitos trabalhistas não caíram do céu
Campo Mourão/PR
Benefícios não são presente dos bancos para os bancários, mas resultado de muita luta da categoria.
Os bancários que acabaram de entrar na categoria talvez não saibam, mas direitos como vales refeição e alimentação, 13ª cesta, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) não foram dados de mão beijada pelos bancos. Todos, e muitos outros, foram conquistados ao longo de muita luta dos trabalhadores. Por isso, é sempre válido relembrar que esses avanços, e todas as demais cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, são fruto do esforço de milhares de outros bancários, em muitas campanhas e greves.
A jornada de seis horas, por exemplo, foi conquistada em 1933. A proibição de a categoria trabalhar aos sábados veio após a campanha de 1962. VA, VR e PLR são conquistas da década de 1990. Outro importante avanço nos anos 1990 foi a CCT nacional, que garante a um bancário de Rio Branco (Acre), por exemplo, o mesmo piso, reajustes e direitos que um trabalhador da capital paulista.
Pioneirismo
A categoria também foi inovadora ao colocar em mesa de negociação com o sindicato dos bancos, a Fenaban (sim, os patrões também se organizam em sindicatos para defender seus interesses), questões relacionadas ao assédio moral. Desde 2010, há um instrumento de combate ao assédio moral por meio do qual os bancários podem encaminhar suas denúncias e os bancos têm prazos para averiguar e apresentar solução.
Outro avanço importante foi a proibição de os bancos enviarem mensagem de cobranças de metas aos celulares dos trabalhadores, na campanha de 2013. Demais questões essenciais também fazem parte da trajetória vitoriosa da entidade, entre elas a licença-maternidade de 180 dias, o vale-cultura, a extensão de direitos a casais homoafetivos e a PLR sem IR.
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