Bancários deflagram greve nacional por salário e emprego a partir do dia 06/09
Trabalhadores aprovam paralisação por tempo indeterminado e cobram proposta decente da Fenaban
Todos os sindicatos que realizaram assembleia nesta quinta-feira (1) aprovaram greve a partir da próxima terça-feira, dia 6 de setembro, para os bancários e bancárias de bancos privados e públicos. Agora, o Comando Nacional dos Bancários aguarda a realização das assembleias marcadas para sexta (2).
Os bancários rejeitaram a proposta da Fenaban, apresentada no último dia 29, de reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A oferta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.
Os eixos centrais da Campanha Nacional 2016 são: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.
O lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016 chegou a R$ 29,7 bilhões, mas houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, mais de 34 mil empregos foram reduzidos pelos banqueiros.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional, lembrou que os banqueiros fizeram uma proposta rebaixada e começaram a fazer uma disputa com os sindicatos valorizando sua proposta.
Fonte: Contraf/Cut
Deixar comentário