16 anos de privatização do Banestado: o fantasma volta a assombrar públicos

16 anos de privatização do Banestado: o fantasma volta a assombrar públicos
Banco foi leiloado no dia 17 de outubro de 2000. Banco do Brasil e Caixa podem ter o mesmo destino. 

Um dos mais sólidos e lucrativos bancos do país. O Banestado tinha cerca de 400 agências e 500 postos de atendimento. Contava com cerca de 15 mil funcionários e estava presente em pelo menos 370 dos 399 municípios do Paraná.

Começou a ser sucateado em 1994, início da gestão de Jaime Lerner como governador do Paraná, e culminou na privatização em 17 de outubro de 2000. Na data do leilão, havia 7.683 funcionários, 376 agências, uma média de 20,4 trabalhadores por agência.

Foi arrematado pelo Itaú por R$ 1,6 bilhão. Junto com a compra subfaturada, o Itaú também ganhou a manutenção das contas do governo por cinco anos, e ainda, 20% das ações da Copel em títulos precatórios. Já a dívida para liquidar as fraudes no banco, antes da privatização, custa R$ 1 bilhão ao ano aos cofres da população do Paraná e vai até 2026.

Dois anos após o leilão, o Itaú já havia fechado um grande número de agências, consideradas deficitárias. Nesse período, a média de demissões de funcionários oriundos do Banestado era de 10 a 15 por dia (a maioria tinha 40 anos de idade). Dos pouco mais de sete mil funcionários do banco existentes na época da privatização, em 2010, restavam somente 1,6 mil trabalhando no Itaú.

Relembrar o sucateamento do Banestado é trazer a população, principalmente os bancários, para a realidade que está se repetindo: o desmonte dos bancos públicos. Não se trata de alarmismo ou especulações, o desmonte no Banco do Brasil foi confirmado pelo golpista em exercício, Michel Temer, em entrevista concedida à Miriam Leitão, na GloboNews, exibida na noite de quinta-feira (13) de outubro.

Fonte: FETEC/PR

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