Até hospitais filantrópicos estão na mira do capital estrangeiro
PACTU
São Paulo – Desde que comprou a Amil, em 2012, a UnitedHealth já adquiriu 41 hospitais em todo o país, entre eles o Samaritano e o 9 de Julho, em São Paulo. A maior empresa do setor no mundo, que comprou a maior do Brasil, pretende continuar comprando. Nos planos estão até mesmo hospitais filantrópicos, a maioria deles com históricos problemas de caixa, e que têm papel importante no atendimento principalmente às pessoas mais pobres. A informação é do pesquisador da federação sindical Internacional de Serviços Públicos (ISP) e da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip), Gabriel Casnati.
Em participação na manhã desta quarta-feira (9) no seminário realizado até amanhã no Sindicato dos Bancários de São Paulo e Região para discutir a entrada das empresas multinacionais na saúde e os desafios para o movimento sindical, Casnati destacou que a United tem rede própria de hospitais maior que os concorrentes. “Há boatos, com muito fundamento, de interesse de compra de mais hospitais, em Salvador e em Porto Alegre, principalmente santas casas, que estão precarizadas”, afirmou.
No quarto trimestre de 2016, a UnitedHealth registrou alta de 56,3% no lucro líquido, subindo para US$ 1,9 bilhão, na comparação anual, segundo o jornal Valor. A receita da empresa de saúde somou US$ 47,5 bilhões de outubro a dezembro, um avanço de 9% em relação ao mesmo período de 2015.
De acordo com o pesquisador, a Amil/United cria no Brasil grupos com nome fantasia, que administram planos de saúde, como o Next, de perfil popular, que por sua vez administram hospitais. “É uma maquiagem jurídica para tirar dos hospitais o nome do grupo. Nos seus sites, ... Mais clique aqui
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