Os motivos por trás da suspensão do acordo de delação de Eduardo Cunha

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Os motivos por trás da suspensão do acordo de delação de Eduardo Cunha
Cunha estaria fazendo “delação seletiva dos fatos”, omitindo informações que pudessem comprometer aliados

Postura do ex-deputado ao omitir fatos de aliados e fazer acusações seletivas aos desafetos trava negociações. Em reservado, procuradores viram “prepotência” dos advogados.

 

Brasília – A decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de suspender as negociações para formalizar um acordo de delação premiada com o ex-deputado-federal cassado Eduardo Cunha (PMDB) não surpreendeu juristas e cientistas políticos, que já vinham acenando nos últimos meses com essa possibilidade. Para esses especialistas, a delação não pode ser usada pelo réu meramente para 'se vingar' de inimigos e deixar de lado as pessoas a ele ligadas. E foi exatamente este o argumento apresentado pelos procuradores para chegar a tal decisão.

Nos bastidores do Ministério Público Federal (MPF) – que teve uma manhã agitada desde que vazou para a imprensa a notícia da suspensão do acordo –, o que se comenta é que Cunha, ao longo de quase oito meses, demonstrou disposição apenas para fazer denúncias contra desafetos políticos com os quais se desentendeu pouco antes de ser preso. Contudo, não teve vontade semelhante de falar sobre as lideranças políticas e os deputados que sempre fizeram parte do seu grupo no Congresso Nacional.

O ex-deputado tentou, na visão dos procuradores, fazer o que muitos chamaram de “delação seletiva dos fatos”, omitindo informações que pudessem comprometer aliados, o que teria levado ao travamento da negociação com seus advogados. A visão dos procuradores é que, se viesse a ser acatado, o acordo pudesse fragilizar o instituto da delação premiada no país, que já é objeto de críticas.

Pelo menos dois juristas tinham, bem antes desse desfecho, opinado sobre a ... Mais clique aqui

Fonte: RedeBrasilAtual

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