As prisões de Joesley e Saud: quanto vale uma delação?
PACTU
São Paulo – "A realidade é essa: vamos fazer tudo, menos ser presos", afirmava um dos donos da holding J&F Joesley Batista, em conversa gravada no dia 17 de março com o executivo da companhia Ricardo Saud. A certeza do delator que se considerava a "joia da Coroa" da Procuradoria-Geral da República (PGR) desmoronou na manhã de ontem (10). Ambos foram presos após o ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, atender parcialmente a um pedido do chefe da PGR, Rodrigo Janot.
Uma cervejinha antes da prisão
Outro fato que chamou a atenção do noticiário político do feriado foi uma foto divulgada nas redes sociais de Janot sentado em um bar – na prática, uma distribuidora de bebidas –, de óculos escuros, degustando de uma cerveja na companhia do advogado Pierpaolo Bottini, que defende Joesley. O encontro aconteceu no sábado (9), um dia após o procurador-geral pedir ao ministro Fachin a prisão dos executivos Joesley e Saud. Em nota, Janot confirmou o encontro, que teria sido "casual", mas disse que nenhum assunto ligado ao processo foi discutido, apenas "amenidades".
Damous ironiza a situação. "Afinal, quem nunca tomou uma cervejinha no botequim da esquina com o procurador-geral da República dias antes de julgamento do seu caso na pauta do STF?".
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