Banco do Brasil chama de programa de melhorias de atendimento um pacote com várias reestruturações
PACTU
O Banco do Brasil anunciou ontem, 05/01, o lançamento do Programa de Melhoria de Relacionamento e Atendimento, que vem com uma série de mudanças em várias áreas e, segundo a empresa, tem o objetivo de melhorar o atendimento aos clientes.
O anúncio foi feito pela manhã para as superintendências estaduais de todo o Brasil, com a presença de vice-presidentes e diretores que acompanharam o anúncio nos locais, ao mesmo tempo em que as informações eram divulgadas na agência de notícias interna do BB para o conjunto dos funcionários.
O programa apresentado prevê a criação de novas funções, readequação nos quadros das agências, criação de três novas Centrais de atendimento, corte em vagas de caixas e fechamento do CENOP - Centro de Apoio aos Negócios de Recife.
As novas Centrais de Atendimento serão criadas nas praças de Recife, Ribeirão Preto e São José (cidade vizinha de Florianópolis).
O banco anunciou a criação de mais de 2 mil novas carteiras de clientes para atendimento digital e ampliação do horário de atendimento noturno nas CABB.
Haverá também redução da função de caixa executivo em várias PSO e agências. Os caixas serão priorizados para realocação.
NOVAS REESTRUTURAÇÕES COM CORTES E AMPLIAÇÃO
Ao longo do dia, novas reuniões com funcionários foram feitas para detalhar como ficarão as estruturas. Algumas agências tiveram incremento no quadro de funcionários e outras tiveram redução, assim como foi anunciado o fechamento de alguns escritórios digitais gerando excessos de vagas de escriturários e cargos comissionados.
Não há uma informação concreta sobre aproveitamento dos gerentes pessoa jurídica desses escritórios nas vagas criadas.
PLANO DE ADEQUAÇÃO DE QUADROS - PAQ
Foi anunciado também um Plano de Adequação de Quadros (PAQ) para a regularização dos excessos já existente e de novos excessos de funcionários criados com o corte de dotação em algumas unidades. O público alvo do PAQ são somente caixas e escriturários em excessos na praça ou em excessos no cargo, na sua unidade.
O Plano de Adequação de Quadros prevê incentivos para a remoção para locais de difícil acesso, desligamento voluntário e incentivado com compensação pecuniária, bem como aposentadoria com condições específicas dentro do PAQ.
Os funcionários que já detém aposentadoria pelo INSS não é público alvo do PAQ na modalidade de aposentadoria
NEGOCIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
A Contraf-CUT se reuniu com o BB na manhã de quinta-feira, quando o banco apresentou informações sobre o programa que estava sendo anunciado.
Com as informações preliminares, a Comissão de Empresa já solicitou ao banco dados detalhados, como a quantidade de vagas criadas e os cortes em cada prefixo, o tamanho e dotação das unidades criadas e que seja estendida a gratificação de caixa aos excedentes por mais 4 meses, equiparando-se a VCP dos cargos comissionados em excesso.
Foi solicitada ainda que as priorizações sejam respeitadas de forma a garantir a realocação de todos os funcionários em excesso nos cargos.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, os vários fechamentos de unidades não deixam de ser reestruturações traumáticas que precisam ser acompanhadas bem de perto e de forma a não haver perda salários como tivemos a menos de um ano. “As vagas criadas são benvindas e ao que parece, são mais que os cortes. Contudo onde há corte, faremos o acompanhamento até que todos sejam realocados.”
Sobre o PAQ, “embora o público alvo seja pequeno após as movimentações de realocação, a nossa orientação é que o funcionário tenha cautela ao aderir ao desligamento que já começa com a perda dos planos de saúde e previdência. Deve ser observado ainda que a nova lei trabalhista retirou direitos de trabalhadoras e trabalhadores que pedem demissão”, completou.
Já o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, lamenta que – depois de tanto terrorismo feito em 2017 – o banco surpreende os funcionários com outra restruturação. “Este é outro modelo que reduz postos de trabalho e aumenta o grau de insegurança, até pela falta de informação dos funcionários, o que prejudica diretamente o ambiente de trabalho. Por isso, é muito injusto que o banco nos surpreenda já no início do ano desta forma.
A Comissão de empresa fará reunião com o Banco do Brasil na próxima semana, na qual o banco apresentará respostas às solicitações já feitas, bem como o balanço das movimentações.
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