Governo insiste em desmontar Caixa para beneficiar os bancos privados

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Governo insiste em desmontar Caixa para beneficiar os bancos privados

Novo PDV reduzirá quadro de empregados, piorando condições de trabalho, enquanto bancos privados articulam ataque à cota mais nobre do FGTS

Duas notícias recentes sobre a Caixa alertam para possíveis novas transformações no banco que atingem diretamente seus empregados e seu papel como fomentador do desenvolvimento do Brasil. A primeira delas é a abertura de uma segunda etapa do programa de demissão voluntária (PDV), o chamado de Programa de Desligamento de Empregados, que vai até o próximo dia 5 e prevê adesão de 2.964 funcionários.

“O problema não é a adesão dos que decidem sair. O problema é para os que ficam, já que desde 2014 o banco reduziu em 14 mil o total de empregados. Há menos trabalhadores, mas as metas não são menores, e não houve novas contratações, piorando as condições de trabalho e atendimento”, avalia a representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano.

Ela destaca, ainda, que é preciso ter claro que há em curso um processo de desmonte do banco público promovido pelo governo golpista de Michel Temer e seus aliados no Congresso. Além da precarização com o corte de empregados, projetos privatistas já envolvem a Lotex, os cartões e os seguros.

A própria recusa do governo em capitalizar a Caixa e o impedimento de utilização dos recursos do FGTS para esse fim indicam beneficiamento ao mercado – e essa é a segunda notícia relacionada ao banco divulgada na última semana: as instituições privadas já se articulam para abocanhar a linha pró-cotista (investimento de imóveis) do Fundo. Essa linha é considerada o “filé” do mercado imobiliário e do próprio fundo. Obviamente, os privados não têm interesse no financiamento de obras de saneamento e mobilidade urbana.

Participação
“É evidente que o governo trabalha para diminuir a importância da Caixa no sistema financeiro e favorecer os bancos privados”, denuncia Rita. Ela lembra que, nesse momento, a união e resistência dos empregados é fundamental, adiantando que é preciso contar cada vez mais com representantes comprometidos com a defesa dos interesses dos trabalhadores e do banco público. “Justamente por isso alerto para a importância das eleições deste ano. Possíveis candidatos à presidência, como Geraldo Alckmin, do PSDB, já falam em privatizar o banco, e a continuidade da Caixa pública está umbilicalmente vinculada ao projeto de governo que ganhar a eleição”, explica.

Essa participação democrática também é muito bem-vinda à gestão da conselheira no CA, e contatos podem ser feitos pelo facebook (https://www.facebook.com/ritaserranoca/), e-mail canewsritaserrano@gmail.com ou no WhatsApp 11 96188-0437.

 

Fonte: CA News

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