Em todos os estados, trabalhadores se mobilizam contra retrocessos
PACTU
Os trabalhadores atenderam ao chamado da CUT e demais centrais e realizaram mobilizações em todo o País para exigir um basta de desemprego, retrocessos e fim dos direitos. Confira como foi o dia nos estados.
Basta de desemprego, de preços abusivos do gás de cozinha e gasolina, basta de privatizações, de retrocessos sociais e trabalhistas, basta de arrocho salarial e de desmandos! É o que exigiram os trabalhadores e trabalhadoras em todo o País desde a madrugada desta sexta-feira (10), no Dia Nacional do Basta, com paralisações, atrasos de turnos, panfletagens, diálogo com a população e atos em diversas capitais.
Em algumas cidades, como Sorocaba, no interior de São Paulo, a capital Natal, no Rio Grande do Norte, e Feira de Santana, na Bahia, os rodoviários não saíram das garagens nesta manhã. Os trabalhadores e trabalhadoras das empresas Rosa, São João e Lira aderiram ao Dia do Basta e a paralisação atingiu 44 cidades da região de Sorocaba.
Em Natal, motoristas e cobradores de ônibus urbanos e intermunicipais paralisaram as atividades por duas horas em protesto contra a onda de retrocessos que ataca os direitos da classe trabalhadora desde o golpe de 2016 e para reivindicar dos patrões o aumento no valor do vale-alimentação.
Ônibus parados em Natal, no Rio Grande do Norte
Os metalúrgicos e metalúrgicas do ABC Paulista realizaram assembleias nos locais de trabalho às 5h da manhã e atrasaram a entrada nas fábricas. Em seguida, mais de 12 ônibus saíram da região rumo ao ato unificado na Avenida Paulista, em frente à sede da Fiesp, para se juntar aos bancários, servidores municipais, estaduais e federais, trabalhadores da saúde, entre outras categorias que se concentraram na capital paulista para um grande ato neste Dia do Basta.
Na Bahia, o dia também começou cedo. Foram realizadas, por volta das 5h da manhã, assembleias nos locais de trabalho para dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras sobre a importância da luta contra os ataques aos direitos sociais e trabalhistas.
Das fábricas, lojas e refinarias da Petrobras, onde as mobilizações foram fortes, os trabalhadores e trabalhadoras se concentraram no centro de Salvador para uma caminhada que começou no Mercado Modelo e seguiu pela Rua do Comércio, onde ficou tudo fechado.
Confira como foi as mobilizações na manhã desta sexta-feira (10) em todos os estados:
PERNAMBUCO
Em Pernambuco, os petroleiros e petroleiras fizeram uma manifestação em frente à Refinaria Abreu e Lima e à Transpetro Suape. Diversas rodovias foram fechadas no estado pelos movimentos populares, entre elas, a BR 232, na altura do Parque Aquático, em Moreno, e na altura de BR 232 Vitória – Galileia; BR 408 Nazaré - Mata Norte e Lourenço.
Em Recife, os servidores decidiram parar as atividades e foram fechadas as agência do INSS do Pina, Moreno, Areias, Casa Amarela, Afogados. Agências dos municípios do Cabo e Paulista também ficaram paradas.
Em São Bento do Una, no interior do estado, os servidores da educação paralisaram totalmente e os servidores da saúde pararam parcialmente as atividades nesta sexta-feira. A cidade foi tomada por cavaletes e faixas contra os retrocessos.
PARANÁ
No Paraná, as agências bancárias amanheceram paralisadas em Curitiba, Londrina, Cornélio Procópio, Apucarana, Arapoti, Umuarama, Guarapuava, Toledo, Campo Mourão e Paranavaí.
Paralisação em Apucarana
Em Araucária, os petroleiros e petroleiras da Refinaria Presidente Getúlio Vargas realizaram uma assembleia nesta manhã e atrasaram a entrada do primeiro turno em duas horas, contra a privatização da Petrobras e os preços abusivos dos combustíveis e gás de cozinha.
Na capital paranaense, os trabalhadores e trabalhadoras também realizaram uma manifestação em frente à Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). Confira:
RIO DE JANEIRO
No Rio de Janeiro, a categoria petroleira paralisou as atividades nesta manhã, por volta das 6h, na Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e na base da Petrobras de Imbetiba, em Macaé.
Bancários do Rio de Janeiro fizeram vigília nas principais agências do centro e as agências da Avenida Rio Branco não abriram as portas. O protesto da categoria no #DiaDoBasta serviu também para mandar um recado aos banqueiros que tentam impor, na negociação salarial, quatro anos sem aumento real e o fim de benefícios da Convenção Coletiva.
Agências da Caixa Econômica Federal também ficaram fechadas nesta manhã em Teresópolis e no bairro Aterrado, no Sul Fluminense. Em Campos dos Goytacazes, oito das maiores agências da cidade, como Caixa, Santander, Itaú e Bradesco (calçadão); Santander, Bradesco e Banco do Brasil (Rua 13 de Maio); e Itaú (Rua Santos Dumont), abriram apenas às 12h.
Em Angra dos Reis, os portuários realizaram panfletagem pela manhã.
Campo dos Goytacazes
CEARÁ
Em Fortaleza, no Ceará, cerca de 5 mil trabalhadores e trabalhadores realizaram uma caminhada pelas ruas do centro na luta por um Brasil com mais empregos, sem desmontes, sem privatizações, com mais cidadania e pelo direito do ex-presidente Lula ser candidato nas eleições deste ano.
No Ceará, também foram registrados atos, caminhadas e paralisações em Madalena, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte e Quixadá.
BAHIA
Na Bahia, além da caminhada e do fechamento do comércio na região central de Salvador, os químicos do Polo Petroquímico, em Camaçari, paralisaram as atividades nesta manhã. Os trabalhadores também cruzaram os braços pela manhã na Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), em Salvador.
Paralisação na Chesf
Em Feira de Santana, bancários, que estão em campanha salarial e podem deflagrar greve em setembro, aderiram às paralisações do Dia do Basta e as agências só abriram às 12h.
PARÁ
No Pará, mais de 3 mil pessoas, entre bancários, professores, trabalhadores rurais, dos Correios e estudantes, realizaram um ato público em frente ao Banco da Amazônia nesta sexta-feira (10).
MATO GROSSO DO SUL
No Mato Grosso do Sul, mais de 90% das escolas estaduais e municipais ficaram fechadas nesta sexta-feira. Junto com outras categorias profissionais, os educadores fizeram uma passeata pelas ruas de Campo Grande para dizer basta de desemprego, de retirada de direitos e de arrocho salarial.
MARANHÃO
No Maranhão, os trabalhadores e trabalhadoras se concentraram em frente a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para dialogar com a população e exigir um basta às mazelas que o governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP) está promovendo no País.
SANTA CATARINA
Em Santa Catarina, nos municípios de Jaraguá do Sul e Guaramirim, a mobilização começou às 7h com panfletagens e assembleias nos locais de trabalho. Em São Bento do Sul, a panfletagem também iniciou cedo nas portas de fábrica, com a participação de mais de 1.400 trabalhadores e trabalhadoras.
Panfletagem na porta de fábrica em São Bento do Sul
Em Florianópolis, na capital catarinense, as atividades começaram cedo na Praça XV, com o fechamento das agências bancárias, que ficaram paradas das 8h30 às 12h. Além disso, ocorreram panfletagens no comércio e no centro para chamar a população para o ato do Dia do Basta, que ocorreu no período da tarde, na Udesc.
Panfletagens também ocorreram em Criciúma, Joinville, Nova Erechim, Blumenau, Apiúna, Lages, Curitibanos, Xanxerê, Concórdia e Chapecó.
ESPÍRITO SANTO
Em Vitória, uma carretada percorreu as ruas da capital na manhã desta sexta-feira. Os portuários também aderiram às mobilizações e realizaram assembleias, panfletagens e diálogo com a população.
RIO GRANDE DO SUL
No Rio Grande do Sul, agências bancárias do centro da cidade ficaram fechadas até às 11h da manhã. Os petroleiros e petroleiras realizaram assembleia na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) e no Terminal da Transpetro.
Por volta das 7h, diversas categorias como bancários, professores e servidores públicos estaduais e municipais, com apoio de todas as centrais sindicais, se concentraram diante da Federação do Comércio (Fecomércio), no centro da cidade, onde realizaram um ato com caminhada em defesa dos direitos do trabalhadores.
SÃO PAULO
Em São Paulo, além do ato na Avenida Paulista (confira vídeo abaixo), que reuniu diversas categorias para exigir um basta de retrocessos e retirada de direitos, teve assembleia em várias cidades da grande São Paulo e do interior.
No ABC paulista, além da mobilização dos metalúrgicos, teve atraso de turno nas empresas do ramo químico. Em Diadema, a paralisação foi na Sanko e em São Bernardo do Campo foi na empresa Lazzuril (SHerwin Williams). Já em Mauá, o protesto dos trabalhadores ocorreu na Refinaria de Capuava. Petroleiros também realizaram assembleia com atraso de turno na Refinaria de Paulínia (Replan), no interior de São Paulo.
Refinaria de Capuava, em Mauá
Os eletricitários da base do Sinergia-CUT realizaram assembleias e atrasos de turno em Campinas, Bragança Paulista, Tatuí, São João da Boa Vista, São Carlos, na Cesp de Porto Primavera, Presidente Epitácio, Presidente Prudente e São José do Rio Pardo.
Em Taubaté, no distrito de Piracangagua, metalúrgicos, químicos, trabalhadores da refeição coletiva e condutores também aderiram às mobilizações do Dia do Basta.
Na capital paulista, jornalistas, gráficos e administrativos da Editora Abril protestaram em frente ao prédio da empresa na Marginal Tietê, na Freguesia do Ó, zona oeste da capital paulista, contra as centenas de demissões promovidas desde o início desta semana.
MINAS GERAIS
Em Belo Horizonte, bancárias e bancários atrasaram por uma hora a abertura de algumas agências da região central. A partir das 11h, um ato na Praça Afonso Arinos reuniu trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias contra o desemprego, o arrocho salarial e a retirada de direitos.
BRASÍLIA
No Distrito Federal, as manifestações do Dia do Basta começaram por volta das 5h, com ato organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana (Sindlurb), em frente à antiga sede da Sistema de Limpeza Urbana (SLU). No mesmo horário, os trabalhadores em transporte de bebidas do DF, organizados pelo Sintrabe, impediram a saída dos veículos de distribuição na fábrica da Coca-Cola, em Taguatinga, e realizaram panfletagem com diálogo com a base.
Diversos sindicatos organizaram suas categorias para panfletagem em locais distintos do DF, dentre eles: o Sindsep-DF (servidores públicos federais), Sindcom (comerciários), Sindbombeiros (bombeiros Civis), Sintect (trabalhadores dos Correios), Sindicato dos Professores (Sinpro), Sintfub (Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília), e a Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil).
Já o Sindicato dos Bancários de Brasília organizou sua base e fechou as agências bancárias até às 12h.
Os eletricitários, organizados pelo STIU-DF, também participaram das ações pela manhã, e realizaram assembleias na sede da Eletronorte, Furnas e no Operador do Sistema Elétrico (ONS).
PARAÍBA
Em João Pessoa, capital da Paraíba, centenas de pessoas foram às ruas lutar pelos direitos da classe trabalhadora, protestar contra os retrocessos e pedir justiça para o ex-presidente Lula.
Pela manhã, a CUT, demais centrais sindicais e representantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo se concentraram na Praça do Chá e saíram em caminhada até a Praça 1817, em frente à superintendência do Banco do Brasil. Lá, os bancários e as bancárias retardaram em uma hora a abertura do expediente da agência.
Já os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) paralisaram as atividades no campus I João Pessoa.
Os bancários de Campina Grande e região também participaram ativamente das atividades do Dia do Basta. A categoria retardou por duas horas o atendimento em diversas agências da base.
PIAUÍ
Em Teresina, os trabalhadores e trabalhadoras ocuparam a Praça Rio Branco, na manhã desta sexta, para protestar no #DiaDoBasta.
GOIÁS
Em Goiânia, trabalhadores e trabalhadoras se reuniram em frente ao Palácio da Indústria, na região central, em protesto contra a reforma trabalhista que tirou direitos da classe trabalhadora. No fim da tarde, manifestantes dos movimentos sindicais e sociais se reuniram com os estudantes da União Estadual dos Estudantes (UEE-GO), na Praça Universitária, para exigir um basta de desemprego, de privatizações, de retirada de direitos e de falta de recursos para a saúde e educação.
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