Sindicatos do Pactu participam de Dia Nacional de Luta pelo Emprego
Os bancários realizaram nesta segunda-feira (13) o Dia Nacional de Luta pelo Emprego, protestando em todo país contra o descaso da Fenaban na primeira rodada de negociações ocorrida na semana passada com o Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT. Além de não apresentarem propostas à reivindicações da categoria, os bancos disseram que os bancários não estão preocupados com o emprego.
Os sindicatos do Pactu realizaram panfletagens em agências do Itaú Unibanco, o banco que mais demitiu ao longo dos últimos quatro anos.
"Queremos garantia de emprego, aplicação da Convenção 158 da OIT que proíbe demissões imotivadas, mais contratações de funcionários, respeito à jornada de 6 horas, fim da rotatividade e da terceirização, e inclusão bancária sem correspondentes bancários, dentre outras demandas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Segundo dados da 14ª Pesquisa do Emprego Bancário, feita pela Contraf-CUT e Dieese, os bancos geraram apenas 2.350 novos empregos no primeiro semestre de 2012, o que representa um recuo de 80,40% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram criadas 11.978 vagas. Sem a Caixa, que abriu 3.492 postos de trabalho, o saldo seria negativo em 1.209 empregos.
Cordeiro alerta para o truque da rotatividade que, assim como a jabuticaba, só existe no Brasil. E é mais grave no sistema financeiro.
"Enquanto na economia como um todo a diferença da média salarial de quem entra e quem sai é de 7%, nos bancos a diferença é de 35,40%. Isso explica por que o salário médio dos bancários cresceu apenas 3,4% entre 2004 e 2011, quando o aumento real foi de 13,92% e o piso subiu 31,67%", aponta o dirigente sindical.
Os empregos criados pelo sistema financeiro no primeiro semestre representam apenas 0,22% dos 1.047.914 de empregos gerados em todos os setores da economia.
A segunda rodada de negociações entre o Comando Nacional e a Fenaban ocorre nesta quarta (15) e quinta (16), com a continuidade discussão das reivindicações sobre saúde e condições de trabalho, bem como das demandas sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.
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