Justiça de São Paulo determina quebra de sigilos do ministro Ricardo Salles
PACTU
São Paulo – A Justiça de São Paulo determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no âmbito de uma investigação do Ministério Público estadual (MP-SP) por suspeita de enriquecimento ilícito.
O objetivo da investigação é apurar como Salles conseguiu fazer seu patrimônio saltar de R$ 1,4 milhão, em 1012, para os declarados R$ 8,8 milhões em 2018. No período, ele alternou a atividade de advogado com cargos no governo paulista – foi secretário particular do governador Geraldo Alckmin de 2013 a 2014, e Secretário do Meio Ambiente, também de Alckmin, de 2016 a 2017.
Em 2012, quando foi candidato a vereador pelo PSDB, ele declarou possuir R$ 1,4 milhão em bens, a maior parte em aplicações financeiras, além de 10% de um apartamento, um carro e uma moto. Já em 2018, quando candidatou-se a deputado federal pelo Novo, seu patrimônio declarado foi de R$ 8,8 milhões: dois apartamentos avaliados em R$ 3 milhões cada, além de R$ 2,3 milhões em aplicações e um barco, de R$ 500 mil. Alta de cerca de 500% em cinco anos.
O MP-SP já havia solicitado os dados do ministro em duas ocasiões, mas os pedidos haviam sido negados pela Justiça. Salles nega irregularidades em suas contas. “Todos os meus rendimentos e bens foram declarados por mim mesmo. Não tenho receio acerca da análise dos dados.”
Deixar comentário