Negociação específica não avança e Caixa empurra empregados para greve

Negociação específica não avança e Caixa empurra empregados para greve
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retomou nesta sexta-feira (14) as negociações da pauta específica dos empregados com a Caixa Econômica Federal, em São Paulo. O banco não apresentou proposta decente para as reivindicações dos bancários da Caixa.

A nova rodada aconteceu após o envio de cartas aos bancos federais pela Contraf-CUT, no dia 6, exigindo a continuidade das negociações, a exemplo das correspondências com o mesmo teor encaminhadas para a Fenaban e aos quatro maiores bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander e HSBC).

Sem avanços

\"A Caixa seguiu a linha da Fenaban e não avançou nas propostas específicas dos empregados, como a PLR Social, condições de trabalho e ampliação de quadro de funcionários. O banco não colaborou no sentido de compor uma proposta decente com a Fenaban. Temos como saída engrossar a greve da categoria na próxima terça-feira\", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando nas negociações.

De acordo com o dirigente, o banco se comprometeu a cumprir a regra da PLR estabelecida na Convenção Coletiva, mas não garantirá a PLR Social, alegando que a depender do valor definido na mesa da Fenaban o valor poderá ficar além do teto estipulado pelo governo. 

\"A PLR social independe da estabelecida pelo acordo com a Fenaban. Sua função é justamente considerar os resultados de operações para a população que não impactam o lucro, mas que representam importante incremento no desenvolvimento social e que são fruto do esforço e dedicação dos empregados. Não existe possibilidade de fechar acordo sem que haja esta inclusão\", ressalta Jair.

Em relação à ampliação do quadro de pessoal, a Caixa disse que pretende chegar até dezembro de 2013 com 95 mil empregados, sendo que hoje o número é de 89 mil. \"Nossa proposta é de 100 mil bancários até dezembro de 2013. Esse número é o mínimo necessário para suprir as atuais carências e considerando as 500 novas agências que o banco deve abrir até 2013. Além disso, por conta do cumprimento das demandas sociais que o governo tem colocado ao banco e à política de redução de juros, a carga de trabalho tem aumentado muito\", salienta Jair. 

Saúde Caixa 

A Caixa propôs o custeio de 50% do valor de medicamentos de uso contínuo, englobando uma lista que inclui em torno de 50 remédios não subsidiados pelo SUS. \"Entendemos que a proposta é importante, mas temos uma série de outras reivindicações para a melhoria do Saúde Caixa. Assim queremos que toda mudança seja precedida de estudo atuarial, o que não ocorreu, de modo a não colocar em risco o equilíbrio do plano\", defende Plínio Pavão, diretor executivo da Contraf-CUT e empregado da Caixa.

Outro ponto diz respeito à manutenção do Saúde Caixa para filhos dos empregados, com idade entre 21 e 27 anos. Hoje eles podem ser incluídos no plano, desde que estejam cursando a primeira graduação e não tenham renda. \"Nossa reivindicação é que possam ser incluídos mesmo que tenham uma renda de até dois salários mínimos. Mas a proposta do banco é de que tenham renda de até um salário mínimo.
Fonte: Contraf e SEEB SP

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