Produção industrial despenca no primeiro mês da pandemia e volta a nível de 2003
PACTU
São Paulo – A produção industrial brasileira despencou em março, com queda de 9,1% em relação ao mês anterior e de 3,8% ante igual mês de 2019, no quinto recuo seguido nessa comparação. De acordo com o IBGE, que divulgou os resultados nesta terça-feira (5), o resultado reflete os efeitos da pandemia de coronavírus. Foi a maior retração em quase dois anos, levando o setor a um nível próximo ao de agosto de 2003.
Agora, a atividade industrial acumula queda de 1,7% no ano. Em 12 meses, o recuo é de 1%. Segundo o IBGE, a produção ficou 24% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.
De fevereiro para março, o instituto apurou resultado negativo nas quatro categorias pesquisadas e em 23 dos 26 ramos, “evidenciando o aprofundamento das paralisações em diversas plantas industriais”. A principal influência negativa veio do segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias, com retração de 28%, a maior desde maio de 2018 (29%).
Queda geral
Outros setores também sofreram quedas significativas. Foram os casos, por exemplo, de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-37,8%), bebidas (-19,4%), couro, artigos para viagem e calçados (-31,5%), produtos de borracha e de material plástico (-12,5%), e máquinas e equipamentos (-9,1%).
Na comparação com março do ano passado, também houve resultado negativo nas quatro categorias, mesmo com três dias úteis a mais. Caíram 21 dos 26 ramos, 48 dos 79 grupos e 59,3% dos 805 produtos. O setor de veículos automotores caiu 16,2%.
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