Greve dos entregadores de aplicativos: veja o que eles reivindicam
PACTU
Desde o início da pandemia, diversos tipos de trabalho que eram pouco valorizados provaram sua real necessidade. Entre ele – e com destaque – está o de entregador de aplicativos. Enquanto quem podia ficava em casa, trabalhadores jovens de classe baixa continuavam cruzando as cidades, com bicicletas e motocicletas, atrás do seu sustento em meio às incertezas geradas pelo coronavírus.
Contudo, o trabalho executado pelos entregadores de aplicativos tem diversos problemas. Sobretudo por conta das jornadas extenuantes, que excedem as oito horas indicadas pela CLT. Somado a isso está a remuneração, que corresponde a menos de um salário mínimo, além da falta de acesso aos direitos básicos. E há ainda muitas outras violações que fazem parte da rotina deles.
Mesmo sem um sindicato ou associação que os represente, os entregadores de aplicativos conseguiram se articular para reivindicar seus direitos. Para tanto, eles preparam uma paralisação, que vem sendo chamada de ‘breque’, e também uma greve, marcada para o dia 1º de julho.
Na pauta, as diversas reivindicações básicas que todos os trabalhadores deveriam ter acesso, como recomenda a CLT. Entre elas, o fornecimento de equipamentos de proteção individual – os chamados EPIs; alimentação durante a jornada de trabalho e licença remunerada em caso de adoecimento.
Além disso, os entregadores também lutam por mudanças na política dos aplicativos, tais como: o fim do sistema de pontuação e o fim dos bloqueios e suspensões injustos.
A LBS Advogados elaborou um infográfico com as principais reivindicações desses trabalhadores. Assim como aponta a advogada trabalhista Luara Borges: “Aos consumidores que quiserem apoiar a paralisação, a recomendação dada pelos entregadores é de que não se utilizem das plataformas como meio de pedir suas refeições no dia 1º de julho”.
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