Caixa é o segundo banco do país com maior confiança da população durante pandemia
PACTU
Constatação é de pesquisa encomendada pela Febraban. Banco aparece somente atrás do Itaú, como destaque por doações e ações solidárias neste período
Pesquisa realizada pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) sobre os efeitos da pandemia do coronavírus mostrou que, diante dos problemas mundiais e preocupações com o vírus, as cinco instituições nas quais a população brasileira tem depositado maior confiança são as Forças Armadas, igrejas, bancos, imprensa e empresas privadas. Dentre os bancos, a Caixa Econômica Federal se destaca como a segunda instituição financeira do País mais lembrada pelos brasileiros, por doações e ações solidárias, depois do Itaú.
Segundo avaliação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), além desse destaque na pesquisa, a relevância do trabalho da Caixa ao longo do ano também foi observada em função do esforço feito pelos empregados no período.
Uma vez que grande parte deles trabalhou presencialmente para permitir o pagamento do auxílio emergencial para o setor mais carente da população e a liberação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A pesquisa, referente à edição mais recente do “Observatório Febraban” (publicação da entidade com mapeamentos sobre questões que provocam impacto no Brasil), foi conduzida pelo Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (Ipespe) e entrevistou 3.000 pessoas na última semana de novembro, em todo o País.
O resultado do trabalho chamou a atenção para a preferência da população por instituições sólidas, que apresentaram comportamento solidário e avanço da tecnologia digital, o que garantiu às pessoas e empresas tocarem seus negócios e finanças, permanecendo seguras em suas casas ao longo desse período.
Conforme os dados apurados, em primeiro lugar nessa lista estão as Forças Armadas, com 65% de confiança da população, seguidas das igrejas (60%). Em terceiro lugar, com 57% da confiança da população, estão os bancos, enquanto as empresas privadas têm uma confiança de 52% dos entrevistados. Depois aparecem, nessa lista, os governos estaduais, municipais e Federal.
Para o presidente do conselho científico do Ipespe, o cientista político Antonio Lavareda, a pesquisa expressa como instituições, entidades, empresas e algumas personalidades ajudaram o brasileiro a resistir e a conviver com a pandemia. “Houve um reconhecimento das iniciativas e das personalidades que definem mais empatia, mais solidariedade, e que mais contribuíram”, afirmou.
Os brasileiros também apontaram os Institutos Butantan, a Fiocruz e o Hospital Emílio Ribas como os laboratórios públicos que tiveram a atuação mais destacada em pesquisas para vacinas e remédios para combater o coronavírus. E entre os médicos citados, destacaram-se Drauzio Varella, Roberto Kalil Filho, Ana Escobar e David Uip.
Serviço essencial
Por sua vez, as cinco marcas e empresas mais lembradas pelos brasileiros por doações e ações solidárias durante os meses de pandemia foram, nessa ordem, o Itaú, Caixa, os bancos em geral, Ambev e Bradesco.
Por atividade econômica, os bancos, incorporados como serviço essencial e por terem doado mais de R $ 1,2 bilhão no total para o combate à Covid-19, foram vistos como o segmento mais solidário, com 29% das respostas, seguidos pela indústria (18%), serviços / comércio (14%) e agricultura / pecuária (5%). Entre as casas legislativas, a Câmara dos Deputados foi reconhecida por 66%. O Senado, por 34%. De forma geral, o Congresso teve avaliação positiva (ótima / boa) por parte de 32% da população e o Judiciário, de 34%.
De acordo com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, os bancos foram um fator de segurança na gestão da poupança dos brasileiros. “Nos primeiros meses da pandemia, 230 mil bancários trabalharam remotamente nas suas casas cuidando da vida financeira de todos nós. Conseguimos manter o sistema financeiro e de pagamentos funcionando, mesmo com uma estratégia de distanciamento social. Graças aos bancos, as pessoas e as empresas nem sequer perceberam as mudanças em seu dia a dia”, ressaltou.
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