Sindicato de Campo Mourão continua mobilizações contra o fechamento de agência do Banco do Brasil

Nesta quinta, 28/01, o Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e Região realizou mais uma ação com o objetivo de tentar evitar o fechamento da agência do Banco do Brasil localizada na Av. Irmão Pereira, em Campo Mourão, além da tesouraria regional do banco, o SERET.

Desta vez, a presidenta do Sindicato, Nivalda Sguissardi e Luis Marcelo Legnani, diretor de Assuntos Jurídico da entidade, visitaram o prefeito do município, Tauillo Tezelli (Cidadani-PR). Ao prefeito foi entregue uma correspondência, onde o Sindicato expõe os prejuízos para a cidade e solicita apoio para o movimento contra o fechamento da agência e do SERET.

O fechamento dessas unidades faz parte de uma “Reestruturação” anunciada pelo Banco do Brasil em 11/01 deste ano. Entre outras medidas, o BB vai promover o fechamento de quase 150 agências e a transformação de mais de 200 agências em postos de atendimento, além da demissão de até 5 mil funcionários e funcionárias, através de programas de demissão voluntária, e a extinção da função de caixa, com consequente rebaixamentos dos salários de mais de 5 mil funcionários em todo o país.

Nivalda Sguissardi informou que “levamos ao conhecimento do prefeito que quase quarenta postos de trabalho serão extintos em Campo Mourão e frisamos os prejuízos econômicos e sociais para o município e para a população. Isso sem contar a precarização do atendimento resultante do fechamento da agência da Irmãos Pereira”, concluiu a dirigente.

Luis Marcelo complementou Nivalda, afirmando ao prefeito que “infelizmente, as medidas de ‘reestruturação’ são, na verdade, medidas de preparação para a privatização do maior financiador da agricultura do país. Se isto acontecer, um município com as características de Campo Mourão será muito afetado, pois sua riqueza é proveniente, em grande parte, do agronegócio, além de sediar uma das maiores cooperativas do país”, disse Marcelo.

O sindicato segue com o movimento e o próximo passo é a participação, nesta sexta, 29/01, da greve nacional de 24 horas dos funcionários do Banco do Brasil.

Leia a íntegra da correspondência entregue a Tauillo Tezelli.

Ao
Excelentíssimo Prefeito de Campo Mourão

Senhor Tauillo Tezelli,

O ano de 2021 começou com o anúncio da direção do Banco do Brasil de um plano de reestruturação que prevê o fechamento de agencias e outras unidades, além de um Plano de Demissões Voluntários (PDV) que tem por meta dispensar 5 mil trabalhadores do banco, entre outras medidas que prejudicam os funcionários e o atendimento ao público.

Em nossa cidade, referido plano, prevê a redução de 9 bancários na agência 0406 (Campo Mourão) e o fechamento da agência 8059 (Avenida Irmãos Pereira) e da Tesouraria Regional do Banco - SERET, resultando numa redução total de 18 bancários, e a demissão de outros 16 trabalhadores terceirizados (Vigilantes e Zeladora).

Lembramos que essas medidas são anunciadas em meio a uma pandemia que cresce a cada dia, na qual o desemprego é uma crueldade que atingirá milhares de bancários e outros trabalhadores que prestam serviços nas agências e outras unidades do banco.

O que está por trás dessas medidas é o desmonte do Banco do Brasil, um banco público que tem um papel histórico no desenvolvimento econômico do país.

A população será prejudicada de diversas formas com essa reestruturação. Uma delas é a redução dos funcionários, que vai afetar diretamente o serviço de atendimento ao público.

Os funcionários do Banco do Brasil não vão aceitar essa arbitrariedade da direção do banco. Estão dispostos a iniciar um calendário de lutas que não descarta a greve como ferramenta para barrar esse ataque ao BB.

Contamos com o apoio do Senhor Prefeito, da Câmara de Vereadores e dos Representantes da Região na Câmara Federal, no intuito de evitar o fechamento da agência e da Tesouraria Regional, bem como se posicionar contra a privatização do Banco do Brasil.

Certos da sua compreensão e atenção, agradecemos antecipadamente.

Nivalda Sguissardi        Luis Marcelo Legnani
Presidente                    Diretor