Cesta básica ficou mais cara em 13 capitais em janeiro, aponta Dieese

PACTU

Cesta básica ficou mais cara em 13 capitais em janeiro, aponta Dieese
Banana, açúcar, carne bovina, batata e feijão foram os produtos que mais variaram, na comparação de dezembro com janeiro

O preço da cesta básica de alimentos aumentou em 13 capitais, de dezembro de 2020 a janeiro de 2021. Os dados são da pesquisa mensal feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada nesta 2ª feira (8.fev.2021). Eis a íntegra (662 KB).

A entidade faz o levantamento de preços em 17 capitais brasileiras. Leva em consideração o conjunto de alimentos básicos necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante 1 mês.

A cesta mais cara é a de São Paulo, e custa R$ 654,15. O menor valor entre as cidades pesquisadas foi verificado em Aracaju: R$ 450,84.

As maiores altas de preço foram registradas em Florianópolis (5,82%), Belo Horizonte (4,17%) e Vitória (4,05%). As maiores reduções, em Natal (-0,94%), João Pessoa (-0,70%), Aracaju (-0,51%) e Fortaleza (-0,37%).

Banana, açúcar, carne bovina, batata e feijão foram os produtos que mais variaram, na comparação de dezembro com janeiro.

Das 17 cidades pesquisadas, 15 registraram aumento no preço da banana e do açúcar. A variação foi de 20,7% e 12,6%, respectivamente, em Florianópolis, capital com as maiores altas.

A carne bovina de primeira ficou mais cara em Curitiba (variação de 6%) e em João Pessoa (0,2%). O preço caiu em Natal (-2,41%), Aracaju (-2,25%) e Fortaleza (-0,79%).

Segundo o Dieese, a maior restrição na oferta de alimentos por causa da entressafra e problemas climáticos na época de colheita contribuíram para as altas nos preços. No caso da carne, também colaborou para o aumento no varejo a elevada procura externa.

Compõem a cesta básica pesquisada pelo Dieese os seguintes produtos: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, legumes (tomate), pão francês, café em pó, frutas (banana), açúcar, banha/óleo e manteiga.

SALÁRIO MÍNIMO

Com base no preço da cesta básica paulista, a mais cara, o Dieese calcula que o salário mínimo deveria ser de R$ 5.495,52. A conta é feita levando em consideração a capacidade de alimentar uma família de 4 pessoas (2 adultos e duas crianças) por 1 mês. O valor é quase 5 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 1.100, aprovado no final de 2020 pelo governo federal.

O trabalhador que recebe o salário mínimo comprometeu, em janeiro, 54,9% da sua remuneração para comprar os alimentos básicos. Em dezembro, o percentual foi de 56,57%. A proporção é calculada a partir do salário líquido, depois do desconto de 7,5% para a Previdência Social.

O tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta, em janeiro, foi de 111 horas e 46 minutos, menor do que em dezembro, quando ficou em 115 horas e 8 minutos.

Fonte: Poder 360

Deixar comentário

Matérias relacionadas