Condenações do assédio moral no TST reforçam luta da Contraf-CUT
Condenações do assédio moral no TST reforçam luta da Contraf-CUT
O assédio moral no trabalho tem ocupado, com muita ênfase, as pautas sindicais e é uma preocupação constante dos trabalhadores de todas as categorias profissionais, inclusive a dos bancários.
Jornais de circulação nacional, revistas, estudos acadêmicos, decisões judiciais, congressos, simpósios, reuniões em sindicatos de trabalhadores, matérias em telejornais, matérias na internet, campanhas sindicais, negociações entre empregados e empregadores, são apenas alguns dos inúmeros espaços onde têm aparecido a temática do assédio moral no trabalho e os seus reflexos negativos na vida laboral do trabalhador, sobretudo, as ocorrências de adoecimento e afastamento do trabalho.
"A notícia veiculada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o julgamento de vários casos envolvendo as práticas de assédio moral e sexual no trabalho, no ano de 2012, legitima ainda mais a luta da Contraf-CUT, federações e sindicatos filiados por um ambiente de trabalho saudável, livre das práticas nefastas do assédio moral e sexual, livre de quaisquer práticas discriminatórias e humilhantes que visam isolar os trabalhadores, adoecendo-os em curto espaço de tempo", destaca o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Walcir Previtale.
Assédio moral e imposição de metas abusivas como fatores de risco
A questão do assédio moral na categoria bancária entrelaça-se com outro grande problema existente no cotidiano dos ambientes de trabalho: a imposição e a cobrança de metas abusivas.
As metas abusivas impostas pelos bancos, característica marcante do trabalho bancário nos dias atuais, transformaram-se em um fator de risco inerente da profissão de bancário. Além dos riscos já estudados e conhecidos do trabalho bancário, como os riscos ergonômicos, os movimentos repetitivos, o ritmo de trabalho acelerado, o risco iminente de assaltos e sequestros, a imposição e a cobrança de metas revelam outro grave fator de risco à saúde de bancários e bancárias, situando os profissionais entre os que mais se afastam do trabalho por problemas psíquicos.
Logo, o que leva os bancários ao adoecimento são as consequências nefastas das práticas de assédio moral, principalmente aquelas relacionadas ao controle e cobrança pelo atingimento das metas de produtividade, que são cada vez mais abusivas, estabelecidas "de cima para baixo", são sempre crescentes e mais: o bancário que não "bate suas metas" pode perder o seu emprego, sendo demitido sumariamente.
Praticamente, não há espaços de diálogo nos ambientes de trabalho para se discutir os meios para se atingir as metas impostas pelos bancos, bem como não há espaços para diagnósticos dos reais motivos do não atingimento das metas em um dado período fixado pelo banco, por exemplo.
"Bem sabemos que o assédio moral não é uma doença e que ninguém fica doente por "contrair" assédio moral. Entretanto, o assédio moral nos bancos é um sério sinal de degradação das relações de trabalho, bem como do próprio ambiente de trabalho.
Fonte: Fonte: Contraf-CUT com TST
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