Sindicato de Umuarama discutiu a “Reestruturação” do Banco do Brasil com o prefeito de Mariluz
Umuarama/PR
No dia 22/03, Wilson de Souza, coordenador do Sindicato dos Bancários de Umuarama, Assis Chateaubriand e Região, visitou o prefeito de Mariluz, Paulo Armando da Silva Alves (PSL), município a cerca de 30 quilômetros de Umuarama.
O objetivo da visita foi discutir com o prefeito os efeitos da “Reestruturação”, implementada pelo Banco do Brasil a partir de 11/01 deste ano. Uma das medidas anunciadas pelo banco foi a transformação de mais de 200 agências de todo o país em Postos de Atendimento, incluindo a agência do município de Mariluz.
Wilson explicou ao prefeito que essa medida, em conjunto com o fechamento de mais de 100 agências e o desligamento de mais de 5 mil funcionários são, na verdade, preparativos para a privatização do Banco do Brasil. Segundo Wilson, “o movimento sindical e os movimentos sociais são contra, pois entendem que, caso isso aconteça, será um grande prejuízo para o país, especialmente para o setor da agricultura”.
Além de Wilson, também participou da visita Edilson José Gabriel, diretor de Imprensa e Comunicação do sindicato.
Ao final, Wilson entregou uma carta, em nome do Sindicato. Leia a sua íntegra abaixo.
Umuarama, 22 de março de 2021
EXMO. SR.
PAULO ARMANDO DA SILVA ALVES
MD. PREFEITO MUNICIPAL DE MARILUZ
MARILUZ – PR
Ref: AGÊNCIA DO BANCO DO BRASIL DE MARILUZ
Senhor Prefeito,
Em 11/01, no início deste ano, a Direção do Banco do Brasil, sem qualquer diálogo com os representantes dos funcionários nem nenhuma outra instituição da sociedade civil, iniciou a implementação de uma “Reestruturação”, com reflexos e consequências bastante significativos para os bancários, clientes, usuários e todo o país.
Entre outras medidas, o desligamento de mais de 5 mil funcionários, o rebaixamento salarial de todos os ocupantes da função de caixa e o fechamento de agências, a maioria delas em praça onde o Banco do Brasil é o único banco da localidade. Uma outra medida de impacto foi a transformação de dezenas de agências em Postos de Atendimento, com redução do número de funcionários, redução dos serviços e da segurança para clientes e usuários e a perda de autonomia dos gestores da unidade. Uma dessas é a agência do Banco do Brasil de Mariluz.
Lamentavelmente, os objetivos da dita “reestruturação” não são nem um pouco nobres. Não se trata de um plano para otimizar a atuação do Banco do Brasil. Ao contrário, são medidas para preparar o banco para a privatização.
O Banco do Brasil responde pelo financiamento de 60% da agricultura do país. Se separarmos a agricultura familiar, esse percentual sobe para 70%. Por isso, as medidas que, por si só, já seriam discutíveis, são, na verdade, inaceitáveis. O maior banco do país, o que mais contribui para o desenvolvimento social e econômico e o maior responsável para que os alimentos cheguem à mesa dos brasileiros, não pode ser desmontado e colocado à venda, sem pelo menos um debate sério e transparente com o conjunto da sociedade.
Neste sentido, solicitamos a V.Excia. que participe dos esforços dos sindicatos e de outras instituições de todo o país para a tentativa de barrar tais retrocessos e retomar o processo de valorização do banco e de seus funcionários e a prioridade de sua atuação para o desenvolvimento do Brasil.
Certos de sua atenção, deixamos nossas cordiais
Saudações
WILSON DE SOUZA
Coordenador
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