Fetec promove abertura do 23.º Encontro Estadual dos Bancos Públicos
PACTU
A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) realizou na noite desta sexta-feira (23) a abertura do 23.º Encontro Estadual dos bancos públicos. O evento tem como objetivo debater e discutir soluções para o atual momento político-econômico do Brasil e fazer a defesa da Caixa, Banco do Brasil, e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Assim como o encontro estadual dos bancos privados, o evento de hoje foi realizado de forma totalmente online por conta da pandemia de Covid-19, contando com a presença de mais de 100 participantes.
Participaram da ação lideranças sindicais, como o representante da Comissão Organizacional dos Empregados (COE) da Caixa e secretário de bancos públicos da Fetec, Zelário Bremm, do presidente da Fetec e membro do Comando Nacional dos Bancários, Deonísio Schmidt, do presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região e também membro do Comando Nacional, Antonio Fermino, da representante do Paraná nas mesas de negociações do BB, Ana Smolka, da representante dos empregados eleita para o Conselho de Administração da Caixa e coordenadora do Comitê nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, e do professor de economia Nildo Ouriques, da Universidade Federal de Santa Catarina, que deu uma palestra sobre dívida pública do país.
O presidente da Fetec ressaltou que a defesa dos bancos públicos é uma luta necessária, pois o atual governo está destruindo um patrimônio dos brasileiros. “Temos que defender a todo custo os bancos públicos, pois sem eles não há desenvolvimento. Porém, não podemos ter mais quatro anos deste desastre de governo. Precisamos reconquistar nossos direitos”.
Fermino corrobora com as palavras de Schmidt e diz que esta luta é em defesa da vida. “Nosso desafio é esta batalha pela vida, pelo bem público. Imaginem o desastre que seria se não tivéssemos o Sistema Único de Saúde (SUS)? Não podemos pensar no Brasil sem a Caixa, o BB, o SUS, a Petrobras, entre outros. Vamos lutar para que nossos direitos sejam reconquistados”, salienta.
Smolka falou aos participantes que defender os bancos públicos os torna porta voz da defesa de um país melhor. “Lutar pela manutenção dos bem públicos é lutar pelo desenvolvimento. É uma honra poder participar desta luta. Sabemos das dificuldades, uma vez que tanto a Caixa quanto o BB passam por uma situação complicada, fruto deste governo do desmonte, mas não vamos esmorecer”, garante.
Serrano lembrou que, embora não haja campanha salarial em 2021 em razão do acordo de dois anos assinado em 2020, as pautas das lutas pelos direitos da categoria não foram esquecidos. “Tivemos um excelente acordo coletivo de dois anos, mas não esquecemos das outras lutas. É um momento de reflexão e ação. Os sindicatos são a principal linha de frente na defesa dos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. Precisamos nos manter contra este governo que não tem projeto e só ameaça a democracia. A defesa dos bens públicos faz parte desta batalha. Não podemos aceitar que estamos andando na direção oposta de outros países, que valorizam suas estatais. Seguiremos lutando”, garante.
Texto: Flávio Augusto Laginski
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