COE e Itaú debatem emprego, remuneração e banco de horas negativas

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COE e Itaú debatem emprego, remuneração e banco de horas negativas

Negociações para o retorno dos trabalhadores presencialmente também começaram

Emprego, remuneração e banco horas negativas foram os principais pontos da pauta da reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú com a direção do banco, na tarde desta quinta-feira (12). Também foram iniciadas as negociações para o retorno dos trabalhadores presencialmente.

A COE cobrou do banco o fim das demissões, mais transparência na implementação do programa GERA e a negociação de pontos específicos dele, como as horas devedoras dos trabalhadores do grupo de risco.

Os representantes do Itaú apresentaram o número de trabalhadores que ainda estão devendo horas devido ao afastamento durante a pandemia. Em dezembro de 2020, o total era de 5.962 funcionários. Mas, em junho de 2021, houve uma redução de 34% totalizando, 3.911 trabalhadores. “A redução se deu pelo banco ter cumprido com a palavra de possibilitar que todos os funcionários que estão casa realizasse trabalhos em home office para que não fossem prejudicados”, explicou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

Apesar da diminuição, os dirigentes sindicais questionaram o Itaú de como ficarão os bancários que estão em casa sem cumprir horas em home office se não conseguirem compensar as horas. “O prazo para compensação terá que ser revisto. Os bancáerios não podem ser prejudicados, já que não foi por vontade deles não terem equipamentos para realizar o trabalho”, afirmou Jair Alves.

O banco também apresentou o número de desligamentos e admissão desde o ano de 2019. Em 2021, por exemplo, são 6.908 admitidos e 3.640 desligados, perfazendo um saldo positivo de 3.268 postos de trabalho. Apesar do saldo positivo desse ano, a COE pediu a suspensão das demissões levando em consideração a pandemia e a crise que o país se encontra e também cobrou a criação de um Centro de Realocação para os trabalhadores. “Não é justo que o banco continue demitindo sem dar uma chance ao trabalhador de realocação, o Itaú tem como fazer isso, pois já foram realizadas realocações eficientes em conjunto com os sindicatos em outros momentos”, ponderou o coordenador.

Os representantes dos sindicatos ainda entregarão ao Itaú um documento com todas as reivindicações dos funcionários, definidas no Encontro Nacional dos Bancários do Itaú, realizado na semana passada, quando foram debatidos os temas de emprego, remuneração, saúde e previdência.

Outro ponto debatido entre o banco e a COE foi a preocupação com o retorno ao trabalho presencial dos bancários a partir de setembro. O Itaú disse que o retorno ocorrerá de uma maneira voluntária e seguindo todos os protocolos vigentes na lei, ressaltou que para que tudo dê certo, quer debater com os sindicatos como será este retorno. Os sindicatos colocaram as preocupações com os bancários que não quiserem se vacinar, com o retorno das gestantes, do grupo de risco e o seguimento e fiscalização dos protocolos.

Fonte: Contraf-CUT

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