Reajuste nacional dos bancários injetará quase R$ 16 bi na economia

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Reajuste nacional dos bancários injetará quase R$ 16 bi na economia

Estimativa realizada pelo Dieese considera o reajuste nos salários, benefícios e a totalidade da PLR

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que o a campanha salarial dos bancários 2021 injetará aproximadamente R$ 15,920 bilhões na economia do país. A estimativa do impacto econômico, elaboradas com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2019 e nos balanços dos bancos, realizada pelo Dieese, considera o reajuste nos salários, benefícios e a totalidade da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR).

O reajuste conquistado pela categoria bancária neste ano foi negociado na campanha salarial de 2020. O acordo previa aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%), ou seja, 10,97% de aumento. Considerando apenas os salários, a campanha injetará cerca de R$ 6,440 bilhões na economia brasileira ao ano.

“Nossa Convenção Coletiva de Trabalho é nacional, abrange todos os estados do país. Isso significa que os trabalhadores têm os mesmos direitos e terão os mesmos reajustes em São Paulo e no Rio de Janeiro do que os foram concedidos em qualquer outra localidade. E os recursos destes reajustes contribuem para a economia em cada uma das cidades onde existem agências bancárias, onde existem bancários. Neste momento de crise e desemprego que estamos vivendo, isso é importante para ajudar a movimentar a economia”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Foi importante termos feito no ano passado um acordo de dois anos. Foi isso que nos garantiu o aumento real neste ano, quando a grande maioria dos trabalhadores não conseguiu negociar reajustes acima da inflação e vai amargar perdas salariais. Imagina o quanto seria injetado na economia se todas as categorias obtivessem aumento real! Por isso, lutamos por reajustes para toda a classe trabalhadora. Todos os trabalhadores precisam que os reajustes reponham a inflação e lhes garanta ganhos reais”, disse Juvandia.

A presidenta da Contraf-CUT ressaltou ainda que a negociação antecipada, realizada em 2020, mostrou-se assertiva frente à alta escalada da inflação nos últimos meses. “Para nós, é motivo de comemoração, pois teremos reajuste com aumento real neste ano. No caso dos trabalhadores de bancos públicos, talvez sejam os únicos entre as empresas públicas a conquistarem aumento acima da inflação. Que bom seria se todos tivessem essa conquista, mas isso somente é possível com um governo que invista. Somente com investimento do Estado a economia voltará a crescer e poderá gerar empregos e os reajustes possam superar a imflação”, disse.

PLR e tíquetes

Em âmbito nacional, a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) da categoria bancária injetará por volta de R$ 8,439 bilhões na economia até março de 2022, sendo que, deste total, R$ 3,867 bilhões serão injetados na antecipação da PLR até o final de setembro de 2021.

Já o reajuste de 10,97% nos auxílios alimentação e refeição da categoria colocarão um adicional de R$ 1,040 bilhão no período de um ano. “Isso ajuda mercados, bares e restaurantes, enfim, o setor de comércio, que precisa desta injeção neste momento”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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