Lucro do Itaú cresce nos primeiros nove meses de 2021
PACTU
No terceiro trimestre do ano, alta foi de 50% em relação ao mesmo período de 2020
O Itaú Unibanco obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial, que exclui efeitos extraordinários, de R$ 19,720 bilhões, nos nove primeiros meses de 2021. O número represente alta de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. No 3º trimestre de 2021, o Lucro Líquido Recorrente Gerencial foi de R$ 6,779 bilhões, com alta de 3,6% em relação ao trimestre anterior. No país, a rentabilidade (retorno recorrente consolidado sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado do banco – ROE) foi de 19,6% no período, com alta de 5,2 pontos percentuais em doze meses, como mostra a análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Mesmo com esses resultados, foram fechadas 92 agências físicas no Brasil e abertas sete agências digitais, em doze meses, totalizando 3.035 e 202 unidades, respectivamente. “Esse processo também resultou em dezenas de demissões em todo o país”, lamentou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.
Ao final de setembro de 2021, a holding contava com 86.195 empregados no país, com abertura de 1.923 postos de trabalho em doze meses, sendo 1.196 no trimestre. “O relatório do banco mostra que este saldo se deve a contratações para a área de TI (Tecnologia da Informação), visando acelerar o processo de transformação digital. Nas agências e departamentos houve uma clara redução do quadro de funcionários”, completou.
“É um absurdo um banco que ganhou tanto dinheiro em plena pandemia, ainda seja capaz de demitir pessoas. O Brasil está numa das crises mais severas economicamente, com grande parte da população voltando para a miséria e o Itaú manda algumas famílias para o desemprego”, finalizou Jair Alves.
Nesse período, percebe-se que, ainda que as receitas da intermediação financeira tenham caído, as despesas tiveram uma queda maior, gerando um resultado bruto positivo de R$ 41,8 bilhões no período, com expressiva alta de 467,2% em doze meses.
A Carteira de Crédito do banco cresceu 13,6% em doze meses, atingindo R$ 962,3 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) no país cresceram 27,8% em relação a setembro de 2020, totalizando R$ 302,8 bilhões, com destaque para crédito imobiliário (+54,2%), veículos (+30,8%) e cartão de crédito (+25,1%). As operações com micro e pequenas empresas (MPE) somaram R$ 139 bilhões no país, com alta de 19,1% em doze meses, e a carteira de grandes empresas caiu 3,1% no período, totalizando R$ 125,6 bilhões. A carteira de crédito para a América Latina caiu 2,9% no período, atingindo R$ 200,2 bilhões. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias, no país, cresceu 0,2 p.p. em doze meses, ficando em 2,8% em setembro de 2021. As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) foram reduzidas em 51,3% em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 11,9 bilhões em setembro de 2021.
A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 8,9% em doze meses, totalizando cerca de R$ 31,7 bilhões. As despesas de pessoal, considerando a PLR, por sua vez, cresceram 11,8%, somando R$ 18,2 bilhões. Dessa forma, a cobertura destas despesas pelas receitas com prestação de serviços do banco foi de 174,4% no período.
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