CUT e demais centrais lutam por aumento real do piso regional no Paraná
PACTU
Central reiterou que é preciso definir política específica para definição do reajuste
A CUT e demais centrais sindicais do Paraná estão em um embate com representantes do governo do estado e do patronato para garantir uma política de reajuste do piso regional positiva para a classe trabalhadora em 2022. Os debatem acontecem no Grupo de Trabalho formado pelos três segmentos da sociedade, onde é pactuado o valor. O objetivo, além de garantir aumento real é também já deixar estabelecida a política para 2023.
Durante a última reunião, realizada nesta quarta-feira (3), os trabalhadores apresentaram um proposta que estabelece o reajuste a partir do cálculo de janeiro de 2022 com reajuste do INPC, deste ano, mais 50% do crescimento do PIB de 2019 "(0,70%). O reajuste "de 2023" levaria em conta o "INPC de 2022 acrescido do" crescimento total "da variação" do PIB deste ano.
A correção em vigor, neste ano, foi estabelecida em 2020 tendo combo base o reajuste do salário mínimo nacional com aumento real de 40% do PIB de 2019, ou seja, 0,70%.
“Vamos seguir pressionando por aumento real e com uma política definida para o reajuste do piso regional. Não aceitaremos retrocessos e tampouco manobras que tenham como objetivo protelar ou até mesmo prejudicar a classe trabalhadora”, afirmou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.
“A ampliação do piso gera mais renda, amplia o giro de dinheiro na economia e traz resultados positivos para toda a sociedade”, pontuou o dirigente.
“A possibilidade aventada pela bancada patronal de não ter reajusta está fora de cogitação para nós”, disse o presidente da CUT-PR.
O economista do Dieese, Sandro Silva, que acompanha o Grupo de Trabalho responsável pela definição da política de reajuste do piso regional, avalia que a proposta da bancada que representa os trabalhadores é perfeitamente factível.
“Não há nesta proposta nenhum impeditivo, a exceção da vontade dos representantes do patronato. É viável, é justa e é necessária”, garantiu o economista.
Uma nova reunião está marcada para segunda-feira (8) quando a bancada patronal apresentará sua contraproposta. As centrais ainda cobraram a implantação de um fórum permanente para tratar de práticas antissindicais no Paraná.
Atualmente, os pisos são de R$ 1.467,40, R$ 1.524,60, R$ 1.524,60 e R$ 1.696,20 para os grupos I, II, II e IV respectivamente, que são divididos a partir dos grupos estabelecidos pela classificação brasileira de ocupações.
No Paraná, os reajustes dos pisos salariais são definidos a partir da política estabelecida no Grupo de Trabalho. Atualmente o reajuste teve como base o Índice Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC) mais 50% do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos atrás, como era a Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo criada pelos governo de Lula e Dilma Rousseff, do PT, que foi exterminada pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).
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