Para Contraf-CUT, padronização de tarifas do BC é positiva mas insuficiente
A decisão do Banco Central de obrigar os bancos a criarem pacotes padronizados de tarifas e serviços bancários, anunciada nesta sexta-feira 15, Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, atende a uma antiga reivindicação da Contraf-CUT, mas é preciso aprofundar a fiscalização do sistema financeiro.
"Essa é uma medida elementar que ajuda a conferir transparência à atividade financeira e dá ao cliente a possibilidade de comparar preços e escolher a melhor opção. Mas ela é insuficiente diante da enormidade de abusos a que os clientes e usuários são submetidos nas instituições financeiras. Apesar das altas taxas cobradas, ainda temos longas filas, clientes impedidos de acessar as agências bancárias para realizar operações rotineiras, pouco investimento para assegurar a vida de clientes e funcionários", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Por conta desse cenário, em nome da Contraf, a CUT apresentou no dia 5 de fevereiro à presidenta Dilma Roussef a proposta de convocação de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, na qual a sociedade deve debater o papel dos bancos e do crédito.
O debate sobre padronização de serviços e tarifas bancárias é um dos pontos a ser tratado na relação dos bancos com a sociedade.
A presidenta Dilma acatou a ideia e propôs ampliar o foco da Conferência, de forma a abranger os direitos dos consumidores, inclusive dos serviços financeiros.
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