Fim da terceira via. Elites voltam para o time de Bolsonaro. E você? Fica com quem?

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Fim da terceira via. Elites voltam para o time de Bolsonaro. E você? Fica com quem?

Por Edilson José Gabriel

Já é visível e logo será escancarado. setores importantes das elites econômicas brasileiras removem, aos poucos, suas objeções ou restrições à reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Algo que seria inimaginável há não muito tempo atrás.

Nunca foi segredo e dezenas de articulistas já escreveram sobre isso. Em 2018, depois dos golpes jurídicos/midiáticos que, primeiramente, apearam Dilma da presidência e, na sequência, impediram a candidatura de Lula, o candidato das elites era Geraldo Alckmin, do PSDB. Alckmin e seu partido eram os portadores naturais do projeto liberal e antagonistas tradicionais do projeto de Estado forte e distribuição de renda representado pelo Partido dos Trabalhadores. No entanto, alguma coisa não saiu como o esperado. O crescimento mundial da extrema direita e de suas ideias fascistas chegaram ao Brasil e a população, enganada por notícias falsas, escolheu Bolsonaro e seu discurso de ódio para a presidência.

Bolsonaro cometeu uma série de crimes, incluindo um genocídio sem precedentes na história da humanidade, sem contar a incompetência administrativa e uma quantidade absurda de declarações e ações com prejuízo para as relações internacionais do Brasil. Nunca foi palatável para as elites e só permaneceu no governo por conta de comandar uma agenda totalmente subordinada aos interesses do mercado: privatizações, retirada de direitos e precarização dos serviços públicos.

Desde a sua posse, as elites buscavam um substituto para Bolsonaro, denominado de terceira via apenas para enganar os eleitores, especialmente os da classe média. Testaram vários nomes (Moro, Dória, Ciro e caterva) e todos sucumbiram à polarização resultante do ódio permitido e propagado desde o primeiro golpe, em 2016.

Diante disto, não restou saída a não ser passar óleo de peroba na cara de pau. Globo, Folha de São Paulo, Fenaban, Fiesp e outros que, durante três anos, apoiaram a agenda de Bolsonaro, mas fizeram de tudo para desmoralizá-lo, aos poucos e de maneira até bastante sutil, atenuam as críticas ao presidente e ampliam suas críticas e agressões a Lula e ao PT.

Resultados de pesquisa são anunciados de maneira distorcida, o preço do combustível é escamoteado por conselhos para diminuir o consumo, o preço dos alimentos é ocultado por sugestões de como substituir a carne pelo ovo. A terceira via não vingou e as elites viraram mais uma vez as costas para o país, trocando o futuro pela destruição representada por Jair Bolsonaro.

Nossas esperanças residem no fato de que, a história demonstra, não se engana as mesmas pessoas com as mesmas mentiras por duas vezes. Lula vencerá e restabelecerá a democracia e um projeto de inclusão social e econômica, para o bem de todos, inclusive das elites que o odeiam.

*Edilson José Gabriel é diretor de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários de Umuarama, Assis Chateaubriand e Região

Fonte: Pactu

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