Bancários se organizam para o Lockdown Nacional pela Vida

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Bancários se organizam para o Lockdown Nacional pela Vida

Categoria realizou plenárias por todo o país; mobilização reivindica vacinas para todos já, auxílio emergencial de R$ 600, empregos e contra as privatizações

Na noite desta segunda-feira (22), quando os brasileiros contabilizaram mais de 294 mil mortes pela Covid-19, bancárias e bancários de todo o país realizaram plenárias para organizar a participação da categoria no Lockdown Nacional em Defesa da Vida, nesta quarta-feira (24). A mobilização é organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais e também pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Comando Nacional d@s Bancári@s. Sindicatos e federações reuniram virtualmente bancárias e bancários para discutir a mobilização unificada em defesa da vida. Para tanto, a mobilização defende vacinas para todos já, auxílio emergencial de R$ 600, empregos e contra as privatizações do governo Bolsonaro.

Hospitais lotados, falta de medicação e oxigênio, além das mortes aos milhares, diariamente. Um cenário que poderia ser evitado com a vacinação em massa. “Já chegamos à triste marca de quase 300 mil mortes. São famílias que perderam seus entes queridos. Tudo isso poderia ter sido evitado se tivesse acelerado o processo de vacinação. Essa dor e esse sofrimento poderiam ter sido evitados, talvez, se houvesse uma coordenação nacional para combater a pandemia. Tudo poderia ter sido evitado se o governo Bolsonaro não tivesse tratando desde o começo a pandemia como fosse uma gripezinha, negando a ciência e jogando contra os governadores e prefeitos. Só em São Paulo, nas últimas 24 horas, foram mais de mil mortos. Por isso é fundamental que o governo tome providências para conter o vírus e para ter vacina para todo mundo, porque essa é a solução”, declarou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Plenárias

As plenárias realizadas nas bases da categoria aprovaram as propostas da Contraf-CUT e do Comando. Nesta quarta-feira vão circular pelos centros comerciais das cidades carros de som explicando à população as razões do lockdown. Também foi aprovada a orientação para que sejam feitos, onde for possível, atos em conjunto com outras categorias. Nesses atos, uma das reivindicações a serem divulgadas é a defesa das empresas públicas. Também, onde for possível, deverão ser realizados atos na porta de agências.

Outra orientação aprovada é o uso das redes sociais com materiais sobre o lockdown e as reivindicações da mobilização. Em várias plenárias foram relatados problemas no trabalho como falta de EPI e não cumprimentos de procedimentos em casos de contágio. Nas plenárias, a categoria denunciou que há muitas deficiências no combate à pandemia dentro dos bancos.

Vacina

Em alguns locais, foram aprovadas outras formas de mobilização. Na plenária do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, por exemplo, a categoria decidiu que vai realizar um tuitaço, além de todos vestirem roupas pretas e trocarem fotos nas redes sociais. A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo (Fetec-SP) realizou uma plenária estadual com a categoria, que referendou as orientações para o lockdown e também aprovou um abaixo-assinado digital, pedindo que a categoria bancária seja incluída entre os setores prioritários para a vacinação. A adesão é feita pela plataforma Avvaz. Para aderir ao abaixo-assinado, clique aqui.

“É importante fazer esse Lockdown Nacional pela Vida porque os trabalhadores não têm que escolher se vão sair para trabalhar para não morrer de fome ou se vão morrer de covid. Eles têm que ter condições para ficar em casa, para termos um isolamento feito com seriedade, conforme a ciência manda, para que o vírus não se alastrar da forma como está se alastrando. Isso só acontece porque não há a contenção da circulação e também não há a vacina. É fundamental que a gente faça essa luta, um lockdown pela vida, para termos um auxílio emergencial de 600 reais, para que as pessoas possam ficar em casa, tendo uma renda para sobreviver. Precisamos fazer um esforço nesse momento para que a gente não sofra depois com a perda de um ente querido”, disse Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT

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